Roraima tem o menor número de condutores com restrição visual do país, um total de 33.397. O dado faz parte de um levantamento divulgado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) sobre saúde dos olhos dos motoristas brasileiros.
O estudo revela que o número de carteiras nacionais de habilitação (CNHs) de condutores com algum tipo de restrição visual aumentou 44% entre 2014 e 2020.
De acordo com a pesquisa, esse grupo de condutores representa atualmente 28% (20.761.301 CNHs) da população habilitada no Brasil, que totaliza 74.359.170 portadores da CNH. A análise se baseia em dados oficiais do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A pesquisa mostra que São Paulo, em números absolutos, é o estado que habilitou mais motoristas com problemas visuais no período de sete anos. Foram 6.770.116 habilitações. Seguiram-se Minas Gerais (1.953.249), Rio de Janeiro (1.806.576) e Rio Grande do Sul (1.441.704)..
Comparando os dados de CNHs com restrições visuais em 2014 e 2020, constata-se que Tocantins e Goiás lideram a lista, com aumento de 73% cada, seguidos por Roraima (71%) e Mato Grosso (67%). No sentido inverso, o Distrito Federal apresentou a menor variação (25%). Em 2014, o número de carteiras com registro de problemas de visão atingia 14.435.962.
A anotação que aparece com mais frequência nas carteiras de motorista dos brasileiros é a de uso obrigatório de lentes corretivas, somando mais de 20 milhões de pessoas que não podem dirigir carros ou pilotar motocicleta se não estiverem usando óculos ou lentes de contato.
Em segundo lugar, com mais de 332 mil casos, aparecem restrições associadas à visão monocular, quando um dos olhos é diagnosticado com acuidade zero; em terceiro, com cerca de 102 mil casos, estão os motoristas impedidos de dirigir após o pôr do sol. E 24 mil motociclistas requerem uso de capacete de segurança com viseira protetora sem limitação de campo visual, acrescenta a pesquisa.