O Estado de Roraima parece se recuperar da crise econômica que passou e registrou um saldo positivo de carteiras assinadas em 2019. Segundo dados do Ministério da Economia, Roraima foi proporcionalmente o Estado do Brasil que mais criou novas vagas de trabalho, com 4,25% de crescimento.
No total, foram criados 2.261 novos postos de trabalho com carteira assinada em Roraima. Em segundo lugar, na geração proporcional de empregos, ficou Santa Catarina, com 3,56%, seguido por Mato Grosso, com 3,37%. Nenhuma outra unidade da Federação apresentou um resultado acima dos 3% em 2019.
O percentual de crescimento foi o maior já registrado, desde 2012, e teve como protagonista o comércio, que gerou 1.001 postos de trabalho em 2019, seguido do setor de serviços, com a criação de 653.
As ocupações que mais ganharam postos de trabalho em 2019 foram: faxineiro (355); vigilante (148); auxiliar de escritório (143); atendente de lojas e mercados (139) e instalador de linhas elétricas de alta e baixa tensão (127).
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Por outro lado, os profissionais que mais perderam postos foram: zelador (-278); eletricista (-84); cozinheiro (-69); gerente administrativo (-47) e vigia (-29).
O economista Fábio Martinez, da Seplan (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento), explica que esse resultado é reflexo de uma organização da administração pública e que o pagamento dos salários dos servidores públicos e fornecedores em dia é fundamental para o crescimento do comércio. Ele destaca que 50% da economia gira em torno da administração pública, aqui no Estado de Roraima, e o restante acaba dependendo indiretamente também do pagamento dos servidores.
“Um exemplo claro é que, quando o governo atrasa o pagamento dos servidores públicos, eles acabam não consumindo, ou postergando as compras que eles deveriam fazer, influenciando diretamente o comércio local. Quando esse pagamento é em dia, o próprio servidor público tem uma garantia que vai receber o salário dele no final do mês, conseguindo se programar e consumir”, enfatizou.
