Cotidiano

Roraima vai criar gabinete de emergência para ajudar venezuelanos

Mais de 30 mil venezuelanos já entraram no Brasil

O Governo de Roraima vai criar, na próxima semana, um gabinete de emergência para atender os refugiados venezuelanos, que atravessam a fronteira em busca de melhores condições de vida no Estado. De janeiro a maio deste ano, quase 400 venezuelanos pediram abrigo em Roraima. As autoridades governamentais afirmam que cerca de 30 mil já entraram no Brasil.

O gabinete será coordenado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, e contará com representantes da Secretaria de Saúde, Casa Civil, Secretaria de Articulação Municipal, Secretaria de Assuntos Internacionais, Secretaria do Índio, da Polícia Militar, e outros órgãos governamentais.

A criação do gabinete ocorre frente a reluta do Governo de Roraima em decretar oficialmente estado de emergência. O Governo afirma que a criação de estruturas formais, como centros de triagem, de atendimento à saúde e abrigos para acolher os venezuelanos, causaria um grande aumento no fluxo migratório.

O comandante do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, coronel Edvaldo Amaral, disse que caso o Estado decrete situação de emergência, “temos que entender que não terá recursos para atender a todos, por que a despesa vai aumentar muito. Então, precisamos do apoio do Governo Federal, de maneira que Roraima não fique sozinho diante desta situação. Esse suporte é importante para dar o atendimento adequado ao imigrante”, disse.

Segundo ele, a governadora Suely Campos (PP) deverá assinar na segunda feira, 17, o decreto que vai criar o gabinete integrado de gestão migratória. “A finalidade do grupo é planejar e executar ações de assistência aos imigrantes venezuelanos que adentram ao Estado”, comentou.

AÇÕES – Conforme o coronel, no ano de 2013, no Acre, houve um grande número de migrantes haitianos, “o que fez com que aquele estado transferisse boa parte desses indivíduos para outros estados da federação, trazendo melhorias no atendimento a essas pessoas. Muitos se deram bem, estão empregados e conseguindo viver, então é uma ideia que deu certo e pode ser positiva para Roraima”, explicou Amaral. (B.B)

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