A jovem Kerllania Alves Pereira, 23 anos, que estava internada com malária desde o início do mês em um hospital da Ilha de Margarita, deve retornar ao país neste sábado, 27. A previsão é de que um voo fretado com a paciente chegue a partir das 13h em Santa Elena de Uairén, segundo informou a secretária adjunta de Gestão Internacional do Estado, Fátima Costa.
De acordo com Fátima, o avião decolou por volta das 11h30 do aeroporto de Margarita, seguindo direto para Santa Elena, cidade que faz fronteira com o Brasil. O restante da viagem para Boa Vista será realizado por terra, em uma ambulância do Serviço de Atendimento de Móvel de Urgência (SAMU).
“Ela estará chegando aqui em Santa Elena por volta das 13h. A gente conseguiu o com o vice-presidente da Venezuela um avião, para poder fazer o translado dela da Ilha de Margarita até aqui. Ela corria risco de vida, mas os médicos conseguiram estabilizar o quadro de saúde e agora a gente vai trazê-la de volta para Roraima”, informou.
Ainda segundo a secretária adjunta, o apoio das autoridades venezuelanas tem sido fundamental para garantir o retorno de turistas brasileiros que acabam tendo dificuldades para retornar ao país.
“No caso da Kerllania, a Secretaria esteve por mais de 20 dias acompanhando a situação e articulando com as autoridades uma forma de trazê-la de volta para Roraima sem comprometer seu estado de saúde. Vale ressaltar também que diariamente nós recebemos muitas demandas em relação a problemas na fronteira e sempre que solicitamos apoio, as autoridades venezuelanas são receptivas”, destacou.
RELEMBRE O CASO
Kerllania Alves Pereira havia decidido passar a virada de ano na Ilha de Margarita, um dos pontos turísticos mais visitados pelos turistas de Roraima e Amazonas. No entanto, a jovem acabou tendo que ser internada às pessoas devido ao diagnóstico de Malária, contraído ainda em solo brasileiro.
Durante esse período, a doença acabou se agravando, atingindo rins e fígado, ocasionando uma infecção generalizada. Devido a essas complicações, a jovem acabou tendo que ficar em coma induzido.
Como a família de Kerllania não tinha condições de bancar tratamento, alguns amigos chegaram a promover uma campanha para arrecadar fundos para custeio de despesas. Paralelo a isso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária de Gestão Internacional (Seegi), fez articulação com a Vice-Presidência da Venezuela para conseguir o translado da moça, assim que ela se recuperasse.