Ao definir o seu voto no segundo turno para Governo do Estado e Presidência da República, o roraimense decidiu priorizar o reforço na segurança pública e renovação do cenário político. A expectativa é que os novos gestores invistam na área e proporcionem uma redução nos índices de violência.
Na cobertura das Eleições, a equipe da Folha percorreu os maiores pontos de votação no domingo, 28. O assunto da segurança foi o ponto apresentado pelos eleitores da escola Profª Francisca Élzika de Souza Coelho, no bairro Mecejana; na escola Maria Nilce Brandão, no bairro Cauamé; escola Antônio Coelho de Lucena, no bairro Sílvio Leite; escola Ulysses Guimarães, no bairro Sílvio Botelho e escola América Sarnento, no bairro Pintolândia.
Oglévia Moraes, de 34 anos, é educadora e votou junto de Josimar Lima, de 41 anos, que é contador. O casal explicou que preferiu optar pela mudança tanto no Estado e no país. “Já basta essa turma que está aí há muitos anos no poder e que a gente não vê mudança. A tendência que a gente vê é só de piorar”, explica Josimar.
Os eleitores afirmam que esperam dos novos gestores uma atenção especial para a área de saúde, educação e segurança pública. “Boa Vista corre o risco de ser a cidade mais perigosa do Brasil. A gente queria uma atenção para saúde e segurança que, para nós, é primordial”, reforçou. “Investindo na capacitação dos professores vai ocorrer uma mudança. O futuro do país vem das nossas crianças”, acrescentou Oglévia.
A mesária Érica da Silva Oliveira, de 32 anos, tirou o tempo do seu serviço nas eleições para votar e abordou novamente a questão da renovação como o foco da escolha do seu candidato. “Priorizei a inovação, tanto no Governo quanto na Presidência, uma pessoa nova. Eu espero que com essa mudança eles façam melhor e olhem para a gente aqui do Estado que somos esquecidos por eles”, ressaltou Érica.
“Para mim foi a questão da segurança, o candidato que eu votei disse que ia dar prioridade para segurança”, diz Lilian Gomes, de 37 anos. A questão do fim da violência também foi essencial para o marido, Edilson Fernandes, de 37 anos, que almeja um futuro melhor para a família.
O casal veio acompanhado dos filhos Quézia, de oito anos e Adilson de cinco anos. “A gente trouxe os filhos no primeiro turno e agora também. Acho importante para aprender sobre democracia”, completou Lilian.
O senhor Luis Padilha, de 69 anos, disse que ficou com o pé atrás na hora de votar por conta das muitas promessas e poucas ações de políticos. “Mas já que tem que votar, vamos focar na mudança, vamos ver se melhora mesmo”, afirmou o idoso.
OUTROS MOTIVOS – Diferente dos demais, o estudante Thiago Abreu, de 17 anos, informou que o seu candidato foi definido pela sua história política. “O trabalho dele e toda sua desenvoltura nos debates foi o que me ajudou a definir”, afirma. O jovem diz ainda que preferiu não se basear pelas informações adquiridas pela internet por conta das grande correntes de ‘fake news’ e mais da sua observação própria.
“A internet tem as notícias falsas então preferi me atualizar com as notícias comprovadas pelos jornais. Espero que os novos gestores melhorem a nossa condição de vida, na parte econômica, política, de segurança e saúde”, reiterou o estudante.
Já para Maria Silva Ribeiro, de 70 anos, a questão familiar foi a principal influência para o seu voto. “Eu tenho sete filhos, seis que votam aqui e sempre discuto com eles antes de votar. Eu falei com as minhas filhas e votei mais por elas”, explicou. (P.C.)