VATICANO

Roraimense relembra encontro com papa: 'Estendeu a mão para me cumprimentar'

Elizabeth Vida integrou equipe que ajudou a canonizar José Allamano por suposto milagre que salvou a vida de yanomami atacado por onça

Elizabeth Vida com papa Francisco
Papa Francisco cumprimenta Elizabeth Vida durante missa no Vaticano; roraimense participou de processo de canonização de José Allamano (Fotos: Arquivo pessoal)

A roraimense Elizabeth Vida, 67, relembrou o único encontro que teve com o papa Francisco. Em outubro passado, ela foi convidada a participar da Santa Missa de Canonização, no Vaticano, pelo Instituto Missões Consolata, por ter integrado a equipe que ajudou a canonizar o padre italiano José Allamano (1851-1926).

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Durante o evento, a secretária voluntária da Diocese de Roraima integrou o ofertório ao pontífice e esteve de frente com ele, ladeada por um queniano.

“Isso foi uma honra, me senti muito abençoada, porque eu queria dar um abraço, mas a gente sabe que é difícil demais e muito complicado. Mas ele cumprimentou meu parceiro, fizemos oferenda pra ele e ele esticou a mão direita pra me cumprimentar. Era tudo que eu queria”, rememorou ela, que também disse ter ficado muito próxima do papa João Paulo II, em outubro de 1990, enquanto foi romeira na missa que beatificou Allamano. “São momentos únicos em nossas vidas. Quanto privilégio tive, tenho que ser grata a Deus”.

Na missa de outubro passado, Allamano foi canonizado após ser atribuído a ele um suposto milagre da salvação da vida de um indígena yanomami vítima de um ataque de onça, no dia 7 de fevereiro de 1996, na Terra Indígena Yanomami.

Com a caixa craniana gravemente ferida, Sorino Yanomami foi levado para hospitalização em Boa Vista. Irmãs missionárias da Consolata intercederam ao fundador desta instituição, no primeiro dia da novena dedicada a Allamano.

Sorino se recuperou em poucos meses e ainda hoje vive em sua comunidade indígena. O processo de canonização foi concluído em 23 de maio de 2024, com a aprovação do decreto que reconheceu o milagre.

Nesse processo, Elizabeth Vida, que trabalha na Diocese de Roraima desde 1983, foi responsável pelas pesquisas e transcrições dos depoimentos das testemunhas do ataque a Sorino e do suposto milagre.

Morte do papa

O argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) seguido de insuficiência cardíaca. Ele liderou a Igreja Católica por 12 anos. O velório do pontífice será encerrado nesta sexta-feira (25) e o funeral está marcado para esse sábado (26).

Elizabeth Vida encarou a morte do papa com naturalidade, uma vez que ele já se preparava para este momento. “Estamos aceitando numa boa, não temos o que fazer. Vamos torcer para que saia logo o próximo papa, que a gente não sabe quem será”.

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