LEVANTAMENTO DA ANEEL

Roraimenses ficaram mais de 37 horas sem energia em 2023

O estado também tem o maior limite que uma concessionária pode deixar os consumidores no escuro

O levantamento foi feito pelo R7 a partir dos números da Aneel que dizem respeito ao indicador de duração equivalente de interrupção. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
O levantamento foi feito pelo R7 a partir dos números da Aneel que dizem respeito ao indicador de duração equivalente de interrupção. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Os roraimenses ficaram mais de 37 horas sem energia elétrica entre janeiro e novembro de 2023. É o que aponta dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre os lares e comércios brasileiros afetados com cortes de energia.

O levantamento, feito pelo R7 a partir dos números da Aneel, dizem respeito ao indicador de duração equivalente de interrupção (DEC), que indica quantas horas, em média, cada unidade consumidora ficou sem energia em determinado período.

A Aneel também estabelece um DEC limite com quantidade máxima que uma concessionária pode deixar os consumidores no escuro. O número varia conforme a região e a empresa.

A concessionária que atende o estado de Roraima é “campeã” em deixar os consumidores sem luz. Foram 37 horas e 31 minutos sem energia em 2023. A empresa também lidera o ranking de limite, onde pode deixar de prestar o serviço por até 49 horas e 51 minutos.

Média por região

Na média por região, o Centro-Oeste e o Sul passaram o limite determinado pela Aneel. O Sudeste chegou perto, e o Norte e o Nordeste, apesar do excesso de horas sem energia, ficaram longe do teto.

Fiscalização e aprimoramento

Em resposta ao R7, a Aneel afirmou que atua em diversas frentes para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos brasileiros. “Além de instaurar processos específicos de fiscalização que podem resultar em aplicação de penalidades para as concessionárias, caso não consigam melhorar a qualidade do fornecimento do serviço, a Aneel alterou recentemente as regras de compensação aos consumidores que tiveram seu fornecimento de energia interrompido, aumentando os valores de compensação aos mais prejudicados”, explicou a agência.

A compensação funciona como devolução de parte do valor pago. Segundo a reguladora, o reembolso é feito de forma automática na fatura do cliente, com desconto na conta de luz, em até dois meses depois da interrupção.

Segundo a empresa, o processo de fiscalização ajuda a aprimorar a regulação, “como a melhor forma de antecipar eventos climáticos críticos”, além da atuação dos agentes do setor elétrico. A agência afirmou ainda que concede incentivos regulatórios para estimular as distribuidoras a atenderem os padrões de continuidade definidos.

*Com informações do Portal R7