Mesmo com o crescimento de 3,8% da demanda de transporte aéreo pelo país nos primeiros seis meses de 2015, comparados com o mesmo semestre de 2014, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), houve uma baixa incidência de roraimenses que viajaram pelas empresas de aviação.
Agências de viagem da Capital acreditam que a queda na compra de passagens mantém relação com a crise econômica no país. Destinos internacionais, como Miami (EUA), deixaram de ser visitados com a mesma frequência que nos anos anteriores devido à taxa de câmbio do dólar, valorizado diante do real.
Desde que os voos domésticos no Brasil passaram a ser acessíveis à classe C, que mais viajou nos últimos anos, os números sempre apontam um crescimento anual. Com a crise econômica, muitas famílias preferiram poupar para suprir despesas básicas em vez de comprar passagens para outros destinos.
“Quis adiar a viagem para dezembro, quando vamos ter mais tempo para desfrutar das férias. Junho e julho são meses que a gente geralmente viaja, mas tudo está caro. Vou ficar em Roraima, me organizar para ter boas condições de viajar com todos ao nordeste”, disse uma passageira, Carolina Almeida.
Uma agenciadora de viagens destacou que os estados do Nordeste ainda são os mais visitados pelos roraimenses, especialmente o Maranhão e o Ceará. As agências afirmam que há uma expectativa do segundo semestre deste ano ser melhor que o primeiro.
Brasileiros divergem opiniões sobre volta do horário de verão
Para medir a opinião dos brasileiros sobre o tema, a plataforma Change.org enviou duas petições para os usuários, uma favorável e uma contrária à retomada. Até o momento, mais de 12 mil pessoas já responderam à enquete
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Embora as vendas não tenham superado as expectativas de vendas, as empresas se sentem otimistas, pois ainda faltam cinco meses para terminar o ano. “O brasileiro gosta de viajar, mas ultimamente só classe A e B estão mantendo condições financeiras de fazer turismo. Até os voos internacionais reduziram porque não é vantajoso viajar com o dólar em alta”, justificou uma agenciadora.
Outro fator que determina o aumento nacional de voos domésticos está associado aos custos das viagens internacionais. “Todo mundo vai esperar as moedas da Europa e dos Estados Unidos ficarem mais baratas. Enquanto isso, fazem viagens domésticas, que são mais baratas”, complementou a vendedora de passagens e pacotes turísticos.
FÉRIAS ESCOLARES – Conforme as agências de Roraima, junho registrou o maior número de viagens com saída do Aeroporto de Boa Vista Atlas Brasil Cantanhede. E a demanda doméstica cresceu 1,7% sobre o mesmo mês do ano passado. A oferta do país cresceu 2,5%. Foram 7,6 milhões de passageiros transportados, 6% a mais do que em junho do ano anterior.
O quantitativo de passageiros que utilizaram os serviços aéreos somou 47,1 milhões, um aumento de 3,3%. O levantamento reúne informações das companhias TAM, Gol, Azul e Avianca. (J.B)
