Cotidiano

Roteiros turísticos da Raposa I em destaque na Abav 

Quem passar pelo estande de Roraima vai conhecer as tradições, lendas, a culinária e as bebidas indígenas, como a damorida e o pajuaru


A abertura das atividades turísticas na comunidade indígena da Raposa, região da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Normandia, é um dos destaques nos produtos turísticos apresentados por Roraima na Feira da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav) 2019. 

O evento acontece até esta sexta-feira (27) no Pavilhão da Expo Center Norte, em São Paulo.

A oferta de pacotes turísticos somente foi possível graças ao trabalho de conscientização dos moradores acerca da importância da atividade turística para o desenvolvimento da comunidade, dentro das diretrizes estabelecidas para a prática.

A comunidade elaborou dois roteiros distintos para recepção dos turistas interessados: o primeiro voltado para o etnoturismo, onde a pessoa vai conhecer as tradições, as histórias, as lendas, a culinária e as bebidas indígenas, como a damorida e o pajuaru. 

A outra opção é direcionada para o ecoturismo, onde os indígenas vão levar o turista para conhecer as cachoeiras, tomar banho em lagos e trilhas nas regiões serranas. O turista vai vivenciar o dia a dia da comunidade numa imersão bem realista de como eles vivem. 

O diretor do Departamento Estadual de Turismo, Bruno Muniz de Brito, explicou que a comunidade da Raposa já vem desenvolvendo um trabalho há anos e hoje se consolida como a primeira comunidade que se abre para o turismo. 

“A ação vai promover desenvolvimento para a comunidade a partir do contexto do etnodesenvolvimento, com o aproveitamento econômico, social e ambiental vão se manifestar a partir disso”, disse Bruno para quem Roraima agora ganha um novo produto que é o turismo em terra indígena. 

No mês de maio, o Detur, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, lançou a cartilha “Diretrizes Para o Desenvolvimento do Turismo em Terras Indígenas de Roraima” que leva em consideração os anseios das comunidades para desenvolver o turismo, com base na Instrução Normativa 03/2015 da Fundação Nacional do Índio.