Alguns setores da economia do Estado começam a dar sinais de recuperação e abrem novos postos de trabalho. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, mostram que o estado de Roraima teve saldo positivo na geração de empregos em maio.
O economista Fábio Martinez informou que no período foram contratadas 1.992 pessoas e foram demitidas 1.868 o que resultou num saldo positivo de 124 novos postos de trabalho formal no Estado. Ele creditou esse crescimento da economia de Roraima foi impulsionada pelos setores da indústria de transformação, comércio, construção civil e agropecuária.
Martinez destacou que, apesar de 2019 não estar sendo um bom ano de geração de empregos, a indústria da transformação aponta crescimento no acumulado dos primeiros cinco meses do ano.
“A indústria vinha com números negativos no início do ano e vem diminuindo esse saldo e já apresenta no acumulado do ano um saldo positivo de 32 novos postos de trabalho com carteira assinada em Roraima”, disse. “O saldo positivo é a diferença entre as demissões e as novas contratações no período, que chamamos de criação de novos postos de trabalho”, explicou.
Ele citou que o Ministério do Trabalho e Emprego divide a avaliação em oito setores, que são: extrativo mineral; indústria de transformação; serviços de utilidade pública; construção civil; comércio; serviços; administração pública e; agropecuária.
Dentre estes setores, o responsável por esse saldo positivo no Estado foi a indústria de transformação, que se divide em várias subatividades como a marmoraria, madeireiras, química e produtos alimentícios.
“Dentre estas subatividades a que mais se destacou e que é praticamente responsável por todos estes empregos foi a indústria de produtos alimentícios e bebidas, que criou 172 novos postos de trabalho em maio”, disse. “Se analisarmos por tipo de profissional que foi mais contratado, o magarafe – profissional que faz o corte e beneficiamento de bovinos, porcinos, caprinos e aves, retira couro da carcaça e desossa – aparece com 135 contratos e acredito que esse aumento aconteceu pela presença de um novo empreendimento frigorífico no Estado”, disse. “Por outro lado, quem mais perdeu postos de trabalho no mesmo período foram os cozinheiros, que aparecem com 35 demissões”, complementou.
Além da indústria, o Comércio, a Construção Civil e a Agropecuária também se destacaram em maio.
“Depois de começar o ano em queda ou sem contratações, o comércio vem mostrando sinais de recuperação nestes últimos dois meses. E junto com o comércio vem também a construção civil, que estava a quase um ano apresentando queda, apareceu neste mês de maio com 20 postos de trabalho, embora ainda esteja com mais de 500 postos de trabalho negativos no acumulado do ano. E a agropecuária também abriu 21 novos postos de trabalho”, disse.
NACIONAL – Em todo o Brasil foram criados, em maio, 32.140 empregos formais. Se consideradas as vagas abertas desde janeiro, o número já chega a 351.063 novos postos com carteira assinada este ano. Com isso, o estoque de vagas no país chega a 38,761 milhões, o maior desde maio de 2016, quando o Caged havia registrado 38,783 milhões de vínculos empregatícios.
O destaque nacional neste último mês foi a agropecuária, responsável pela abertura de 37.373 postos formais em todo o país. O segundo melhor desempenho foi o do setor da construção civil, com 8.459 novos postos, seguido dos serviços (2.533), da administração pública (1.004) e da extrativa mineral (627). (R.R)
Lojas com vitrines serão fiscalizadas pelo Procon
A equipe do Procon estadual se articula para fazer uma fiscalização de precificação dos produtos expostos nas vitrines das lojas no comércio de Boa Vista, onde será colocada em prática a lei 10.962 do Código de Defesa do Consumidor que regula as condições de oferta e afixação de preços de bens e serviços.
Segundo o coordenador do órgão Lindomar Coutinho, essa é a primeira ação dessa natureza e por isso será educativa e vai acontecer por conta de um pedido da Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE) após o órgão ter recebido ultimamente muitas denúncias de clientes que se sentem lesados por não haver etiquetas com preços na maioria dos produtos que estão nas vitrines das lojas. Depois será feita uma nova fiscalização, desta vez punitiva, para o lojista que for pego descumprindo a legislação. Caso seja constada alguma infração ao Código de Defesa do Consumidor ou à lei da precificação, a loja será autuada. Com essa autuação, a empresa tem um prazo de apresentação de defesa, podendo chegar a uma aplicação de multa, que varia de R$ 730 a R$ 10.950.000
Ele explica que vai orientar os gerentes e donos de lojas para que os preços nos produtos expostos nas vitrines devam estar visíveis, sem rasuras e de bom entendimento para o consumidor.
“Vamos entregar a lei em todas as lojas e informar que os produtos têm que estar para frente da vitrine, com o preço visível e que seja de fácil entendimento para o consumidor”, disse. Coutinho ressaltou ainda que deve constar na vitrine o preço à vista e o preço a prazo, além de outras informações sobre a compra do produto. “O consumidor deve ter todas as informações sem precisar adentrar ao estabelecimento, e para avaliar se vale a pena ou não entrar na loja”, explicou.(R.R)