Entre os profissionais da saúde há o temor de que, com a disseminação do novo coronavírus no Estado, a quantidade de respiradores pulmonares seja insuficiente para atender os contaminados. Esses aparelhos são essenciais para a manutenção da vida de pacientes com quadros graves da covid-19.
A Secretaria de Saúde informou que possui 95 ventiladores pulmonares em atividade em Roraima. Destes, 46 estão em funcionamento no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, 11 no Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco e 38 no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth.
A Sesau informa ainda que a CGUE (Coordenadoria Geral de Urgência e Emergência) está articulando junto à bancada roraimense no Congresso Nacional a possibilidade de liberação de mais 40 ventiladores pulmonares que estão retidos pelo Governo Federal e que pertencem ao Estado.
“Esses equipamentos devem reforçar as demandas do HGR e HC, que são as unidades de referências para o atendimento de paciente que necessitem de ventilação pulmonar, principalmente no atual cenário de pandemia do novo coronavírus”
A reportagem da Folha também procurou a Secretaria Municipal de Saúde para saber quantos respiradores existiam no Hospital Infantil. Por meio de release enviado a imprensa, a Semsa informou que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital possui hoje 20 respiradores. “A média das cidades brasileiras é de 10 aparelhos”.
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A Secretaria Municipal informou ainda em nota que vem trabalhando diariamente nas ações de plano de enfrentamento ao Covid-19 e vem tomando todas as medidas necessárias, inclusive se organizando no planejamento de materiais e equipamentos necessários para atuar nessa situação.
“Os esforços têm sido feitos para garantir o atendimento dos pacientes e a segurança e a integridade de profissionais que atuam em linha de frente”.
Ajudam o corpo a fazer a troca gasosa, ou seja, levar oxigênio ao pulmão e forçá-lo a eliminar gás carbônico. O vírus faz com que se acumule infecção nos alvéolos, no lugar de ar, causando insuficiência respiratória. Diante da inexistência de vacina, a melhor opção para os casos graves é o uso de respiradores para prolongar a vida dos pacientes e lhes dar tempo para recuperação. É preciso usá-lo somente nos casos muito graves, de pessoas que estão internados nas UTIs, com risco altíssimo de morte.
A estimativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia é de que o Brasil necessitará, nas próximas semanas, de mais de 20 mil ventiladores pulmonares mecânicos (incremento de 31%) para atender pessoas que chegarão aos hospitais. Hoje, o país tem 65.411.
