Ruas estão quase intrafegáveis

Moradores do bairro Professora Araceli Souto Maior, na zona oeste da Capital, reclamam das condições das vias, em especial, a Travessa Santa Fé. Os residentes alegam que a deterioração das ruas prejudica os veículos, alaga os quintais das residências e causa proliferação de mosquitos, que podem aumentar o índice de doenças.

Conforme uma moradora, que preferiu não ser identificada, boa parte da família é residente da região no bairro Araceli. Ela diz que tanto ela, quanto o casal de tios, o avô e os vizinhos sofrem ano após ano no período chuvoso. “Toda vez quando chove alaga toda a rua, o quintal de casa, dos vizinhos. Já ligamos para a Prefeitura de Boa Vista várias vezes, para a Central 156. Eles falam que vêm verificar e nunca vêm ver”, reclamou. “Com os buracos nas ruas, ficam aquelas poças de lama que dá mosquito”, criticou.

A moradora disse que o avô tem 88 anos e acabou de chegar na Capital, vindo de Amajari, no interior do Estado, mas que a situação do bairro tem deixado a família amedrontada. “Ele ficou viúvo e se mudou para cá, para não ficar sozinho e mais perto da família. Mas quando chove, o quintal e a rua em frente da casa dele, fica transbordando de água. Eu fico com medo de ele adoecer”, relatou.

PREJUÍZO AOS VEÍCULOS – Também no bairro Araceli, desta vez na Rua Estrela Celeste que corta a Travessa Santa Fé, a moradora afirma que os buracos na rua causam transtornos para os veículos que atravessam por ali. Ela diz ainda que parte da via é asfaltada, mas o restante não foi contemplado.

“Tem uma parte na rua que costumava ter asfalto, mas com o tempo, foi cedendo o recapeamento. Tinha só uma parte que não tinha asfalto, onde criou esses buracos”, informou. “Fica difícil porque com esses ‘panelão’ (buracos na rua), o ônibus não passa e a gente fica sem transporte”, lamentou. 

OUTRO LADO – Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que a Travessa Santa Fé, no bairro Professora Araceli Souto Maior, já está contemplada em projeto de asfalto e urbanização. O processo, segundo a gestão municipal, já está em análise na Caixa Econômica Federal. “Assim que aprovado, será licitado. A previsão é de que os serviços iniciem ainda neste segundo semestre”, ressaltou.

Com relação à falta de transporte público, a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) orientou para que os moradores da região utilizem o transporte da linha 313 – São Bento. Segundo a Emhur, essa a linha atende ao bairro Professora Araceli Souto Maior pela Rua Antonio Silvino de Alexandre, que é paralela à Travessa Santa Fé, com a distância de apenas dois quarteirões. (P.C.)