Cotidiano

Sai resultado da medição do terceiro trimestre de 2014

Em Roraima a banda larga fixa ficou abaixo da média estabelecida pela Anatel

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou esta semana o resultado da medição da banda larga fixa e móvel referente ao terceiro trimestre de 2014. Em Roraima a banda larga fixa ficou abaixo da média estabelecida pela Anatel nos quesitos de latência, perda de pacotes e velocidade instantânea. Já na banda larga móvel as operadoras Oi e Tim não atingiram as metas.
O serviço de banda larga fixa em Boa Vista gera transtornos frequentes aos usuários, como baixa velocidade e quedas na interrupção do serviço. A Oi, única operadora que fornece o serviço no estado, não atingiu a meta estabelecida pela Anatel durante todo o terceiro trimestre, no quesito latência, que é o período de transmissão de ida e volta de um pacote, entre a casa do usuário e o servidor de medições. A meta é 90%, e a operadora atingiu 0,57%, 0,46% e 0% nos meses de julho, agosto e setembro respectivamente.
No mês de setembro, a Oi também falhou no quesito Velocidade Instantânea, em que é medida celeridade de upload e download apurada no momento de utilização da Internet pelo usuário. A meta é 95% e a operadora atingiu apenas 87,82%.
No quesito perda de pacote, que é quando um dos pacotes não encontra o destino ou é descartado pela rede, devido a falhas ou baixa qualidade da conexão, a prestadora do serviço não atingiu a meta apenas no mês de setembro. A nota a ser alcançada era 90% e a Oi atingiu apenas 84,37%. 
No serviço de Banda Larga Móvel, são avaliados os quesitos: Velocidade Instantânea e Velocidade Média. No primeiro, a meta é 95% e no segundo 70%. Em Roraima apenas as operadoras Claro e Vivo atingiram a meta. A Tim ficou com nota abaixo da média nos dois quesitos durante todo o terceiro trimestre. Já a Oi, não cumpriu com as metas nos meses de agosto e setembro.
Usuários reclamam do serviço de Banda Larga Fixa e Móvel
O funcionário público Alfredo Monteiro afirmou que já passou por diversos problemas relacionados a velocidade da conexão da Internet banda larga. “Já esperei por diversas vezes a conexão ser reestabelecida, devido as constantes quedas. Temos um serviço de Internet péssimo, porque não há investimentos e nem concorrência”, disse.
A insatisfação da empresária Ana Cristina Ferreira fez com que ela mudasse de operadora. “Hoje em dia utilizamos smartphones e diversos aplicativos que utilizam Internet. Consigo utilizá-los somente quando estou em uma conexão wi-fi, pois a Internet da operadora é péssima, não carrega uma página”, relatou.
O autônomo Carlos Costa relatou que mudou de operadora devido à qualidade do serviço prestado. “No meu bairro, o sinal da minha operadora é fraco. Não conseguia fazer ligações e muito menos utilizar a Internet, então resolvi fazer a portabilidade, mas não melhorou muita coisa”, afirmou.
A professora Arlene Santana relatou as dificuldades que enfrenta devido à qualidade do serviço da internet banda larga móvel. “Quando mando mensagens nos aplicativos de bate-papo, elas demoram uma eternidade para chegar ao destinatário. Em alguns casos elas são enviadas somente quando entro em alguma conexão wi-fi”, explicou.  
Operadoras cometam os resultados
A Assessoria de Imprensa da Telefônica Vivo informou, por meio de nota, que o desempenho da operadora vem evoluindo de forma positiva no cumprimento das metas estabelecidas pela Anatel para o SCM e SMP. “Em setembro passado, último mês do trimestre avaliado pela EAQ (Entidade Aferidora de Qualidade), a empresa atendeu todos os índices estipulados em 25 estados e no Distrito Federal”, afirmou a nota.
A operadora informou que superou todas as metas estabelecidas pela Anatel em Roraima para velocidade média e velocidade instantânea em banda larga móvel. Mesmo com os resultados já obtidos, a companhia reitera que está redobrando esforços para aprimoramento contínuo dos serviços de Internet móvel e fixa.
A Oi informou que está priorizando investimentos em suas redes de telecomunicações, com foco no tripé Operações, Engenharia e TI, para melhoria da qualidade do serviço aos clientes em todas as regiões. Até o fim do terceiro trimestre de 2014, a Oi investiu R$ 14 bilhões, visando à expansão e melhoria da qualidade da rede móvel (3G e 4G) e da rede fixa para serviços de banda larga e TV paga.
A operadora acrescentou que complementou sua cobertura de banda larga móvel com o lançamento da rede Oi WiFi, um investimento da companhia para proporcionar melhor experiência de uso da Internet móvel aos clientes, complementando as estruturas 2G, 3G e 4G.  Sobre os resultados da medição de qualidade de banda larga feita pela Anatel, a Oi afirmou na nota, que as situações em que as metas estipuladas não foram alcançadas já foram mapeadas e estão sendo cuidadosamente analisadas e tratadas pela companhia.
A Assessoria de Imprensa da Claro afirmou em nota que obteve excelente desempenho nas últimas medições de qualidade de banda larga móvel divulgadas pela Anatel, referentes aos meses de julho, agosto e setembro deste ano.
A nota informa que a operadora foi a única, entre as quatro maiores empresas do setor, a cumprir as metas estabelecidas nos dois indicadores avaliados em todos os estados analisados durante o trimestre. Este é o quinto mês consecutivo que a empresa conquista este resultado.
A Tim informou através de nota que continua com o compromisso de universalizar a banda larga móvel, avança na melhoria do seu serviço de dados e apresenta resultados positivos nos testes realizados com a reconhecida ferramenta Speedtest.net e analisados pela companhia.
A operadora informou que as mais recentes avaliações mostram que a velocidade média de download da rede da operadora cresceu em todas as capitais e apresenta números superiores aos mínimos determinados, em situações reais de uso do serviço pelos clientes TIM. 
“Dessa forma, a empresa entende que a atual metodologia adotada pela Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ) deve evoluir e, inclusive, já se manifestou sobre o tema junto ao órgão regulador e à própria entidade. O processo de medições através de dispositivos fixos instalados em pontos determinados não simula uma experiência real de uso e pode gerar inconsistências importantes no processo de coleta de dados e comparação dos indicadores”, afirmou a nota. (I.S)