Até o momento, nenhum paciente tem indicação para fazer tratamento para HIV fora do Estado, pois todo o procedimento está disponível na rede estadual de saúde
Diante do relato de diversas pessoas que dizem estar sendo abordadas para contribuir financeiramente para um suposto tratamento para HIV fora do Estado, o Núcleo Estadual de Controle das DST/HIV/AIDS esclarece o Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) oferece toda a estrutura necessária para o tratamento às pessoas sorologicamente positivas para o HIV e pessoas que vivem com Aids no Estado.
Dessa forma, não há indicação de nenhum profissional do quadro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para tratamentos da doença fora do Estado.
A médica infectologista, Cassandra Mangabeira, referência nesta área no estado, disse que um rapaz de aproximadamente 24 anos vem utilizando o nome dela para tentar aplicar golpes pela capital.
“Ele aborda as pessoas em diversos pontos da cidade e apresenta um documento com o meu nome, dizendo que eu indiquei que ele faça tratamento fora do Estado. Cada vez ele utiliza de uma história diferente para extorquir as pessoas”, disse.
O homem, que se identifica como Heleno, ora diz que precisa de dinheiro para fazer um tratamento fora do Estado, ora diz que necessita transportar crianças para Brasília, também para tratamento para o HIV.
O Núcleo Estadual de Controle das DST/HIV/AIDS esclareceu que o referido homem não é paciente regular do Serviço Ambulatorial Especializado (SAE), que funciona nas dependências do Hospital Coronel Mota
A médica disse que já comunicou o caso à polícia e que o envolvido chegou a ser detido. “Em fevereiro deste ano, o suposto portador de HIV procurou uma clínica no bairro Caranã e pediu dinheiro a pacientes para o suposto tratamento de crianças com o vírus. Ele foi conduzido à delegacia mas foi liberado, e desde então continua aplicando a mesma tentativa de golpe, e muitas pessoas acreditam e dão dinheiro a ele”, disse.
A técnica do Núcleo Estadual de Controle das DST/HIV/AIDS, Sumaia Dias, esclareceu que o tratamento que é realizado em Roraima é o mesmo praticado nos outros estados.
“Nunca precisamos mandar ninguém para Tratamento Fora de Domicílio. Os procedimentos são os mesmos em qualquer lugar do Brasil e estamos preparados para atender todos os portadores”, reitera.
TRATAMENTO
O acompanhamento das pessoas que são sorologicamente positivas para o HIV é feito no SAE. Lá os usuários são acolhidos por uma equipe de multiprofissionais como: Assistente Social, Psicólogo, Enfermeiro, Clínico Geral, Infectologista, Pediatra, Farmacêutico e Técnico em Enfermagem.
Os pacientes passam a ser atendidos regularmente pela equipe do serviço, recebendo todas as orientações pertinentes a sua atual situação e como viver bem a partir do diagnóstico. Os portadores recebem seus medicamentos na farmácia que funciona no mesmo espaço.
Em se tratando de criança, quando, ainda na gestação, a mãe recebe o diagnóstico na atenção básica ou mesmo em uma unidade hospitalar, ela é encaminhada para o Centro de Referência da Saúde da Mulher e no momento do parto toda a equipe já está preparada e são tomados todos os cuidados para continuar evitando a transmissão vertical.
Após o parto a criança também é encaminhada ao SAE e lá será acompanhada e receberá medicação específica até os 24 meses, quando então é realizado exame para verificar se esta criança foi infectada com o vírus.
Fonte: Ascom-sesau
Cotidiano
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