A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) negou que o Hospital Estadual Délio de Oliveira Tupinambá, em Pacaraima, esteja desassistido de ambulâncias para atendimento da população brasileira e imigrantes.
A informação foi divulgada em nota pela assessoria de comunicação da Sesau em resposta à matéria publicada pela Folha de Boa Vista no sábado, 10, intitulada “Faltam ambulâncias e equipamentos em hospital de Pacaraima”, com base em visita realizada na unidade de saúde pelo Ministério Público Federal em Roraima (MPF-RR).
Conforme a Sesau, o município de Pacaraima é atendido por duas ambulâncias e uma delas precisou passar por manutenção esta semana, mesmo período da visita do MPF-RR.
“O trabalho levou cerca de quatro dias para ser concluído e no fim da tarde de sexta-feira, 8, a ambulância já foi encaminhada para o município”, afirmou a Sesau.
A pasta afirmou ainda que não houve prejuízo dos serviços mesmo com a ausência de uma das ambulâncias.
“A Sesau ressalta que, mesmo com a manutenção do veiculo, em nenhum momento o município ficou desassistido em relação à ambulância”, frisou.
No entanto, o governo do Estado não esclareceu o motivo de o MPF-RR não ter encontrado nenhuma ambulância apta para locomoção de pacientes nem sobre a falta de equipamentos para realização de serviços essenciais, conforme declarou o órgão fiscalizador.
ENTENDA – Em janeiro deste ano, a Justiça Federal em Roraima havia determinado que o Hospital Délio Tupinambá tivesse à disposição ambulâncias suficientes para atendimento da população da cidade e que elas tivessem equipamento capaz de realizar transferências para a capital. Na época, não havia no município ambulâncias aptas para remoções de urgência e emergência.
Para averiguar se a decisão judicial havia sido cumprida, o Ministério Público Federal visitou a unidade na quarta-feira, 6, quando constatou a falta de ambulâncias e equipamentos médicos regulares para realização de atendimentos essenciais, como partos e medição de glicose.
A constatação da ausência de veículos motivou novo pedido de cumprimento de decisão judicial, que obriga a disponibilidade de ambulâncias na fronteira e aplicação de multa de R$ 20 mil diários para a Sesau, Secretaria Municipal de Saúde de Pacaraima e o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde.