Cotidiano

Seed afirma que reivindicações atuais fogem do acordo entre Governo e Sinter

De acordo com a secretária de Educação, pauta da greve que foi apresentada à Seed é diferente do primeiro acordo feito com o Sinter

Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 10, por volta das 16h, no auditório da Secretaria de Educação (Seed), a secretária Selma Mulinari prestou esclarecimentos sobre a manifestação dos professores da rede estadual de ensino e dos povos indígenas realizada na manhã de hoje, na Praça do Centro Cívico.

Conforme a secretária, a Seed foi notificada da greve através de um ofício com a pauta de reivindicação e que a atual, com 30 itens, é diferente da apresentada anteriormente pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter-RR).

“A pauta que nos foi apresentada na primeira conversa é completamente diferente dessa pauta que foi apresentada agora, então, como cada vez que a gente reúne com o sindicato, o sindicato diz uma coisa diferente. É preciso que a gente tenha também muita cautela na hora de responder por que a gente não ‘tá nem entendendo o porquê dessa situação chegar nesse ponto”, relatou Selma.

A secretária reforçou a afirmação que considerava a greve desnecessária. “Nós achamos que é desnecessário essa questão da greve até por que acho que greve é o último recurso”.

“O que ‘tá em jogo aqui é justamente o cumprimento do calendário, o cumprimento do ano letivo, e ninguém ta se importando nesse momento, principalmente o Sinter, com a questão dos alunos. Nós estamos incomodados com isso, nós queremos que os professores retomem as aulas, que os alunos mantenham o calendário, que o prejuízo já foi grande demais”, relatou.

QUESTÃO INDÍGENA

Quanto à manifestação dos povos indígenas na questão da educação, principalmente quando ao plano estadual, a secretaria afirmou que houve uma reunião, em julho, com a previsão de um novo encontro com os representantes de diferentes povos indígenas para formação de uma comissão e discussão sobre a elaboração do plano, o que não aconteceu.

“Nós ficamos de sentar com um representante de cada entidade e até hoje esse nome não foi indicado pra que nós sentássemos e avaliássemos essa situação toda, então eu presumo que o melhor seria se todo mundo se reunisse com a comissão de educação da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) pra refazer essa situação”, concluiu a secretária.

ENTENDA O CASO

A manifestação dos professores da rede estadual de ensino teve início nesta segunda-feira, 10, na Praça do Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR). Além dos servidores, alunos de escolas públicas da Capital e professores da rede escolar indígena também estiveram presentes na greve em apoio à causa.

De acordo com o Sinter, a greve foi iniciada após o Governo do Estado não cumprir o acordo feito em março com a categoria.