Cotidiano

Seis ataques de piranha acontecem em menos de duas horas

Os ataques, segundo os relatos, ocorreram na parte rasa, sendo alguns superficiais e outros mais severos, com pedaços arrancados pelas piranhas

Seis ataques de piranha foram contabilizados por banhistas que estavam na Praia Grande na tarde de quinta-feira, 15, entre 16h e 17h15. Os ataques, segundo os relatos, ocorreram na parte rasa, sendo alguns superficiais e outros mais severos, com pedaços arrancados pelas piranhas. Por não haver placas de aviso de perigo na área, os banhistas se surpreenderam com os ataques, passando a ficar em estado de alerta.

A advogada Cíntia Schulze foi uma das vítimas. Para aproveitar o feriado de Proclamação da República, decidiu ir à praia com um grupo de amigas. Chegando lá, ela contou que guardou as coisas, entrou na água e sentou na parte rasa. “Foi o tempo de entrar e eu já senti uma dor forte em um dos meus dedos. Imediatamente eu saí e vi que estava saindo muito sangue, então comecei a estancar a ferida”, disse.

Pela proximidade da margem, ela considerou o episódio perigoso. Meia hora antes de ser mordida, Cíntia informou que outra banhista já havia sido vítima das piranhas. Após ela, outras quatro pessoas foram mordidas num intervalo de menos de uma hora. A advogada chegou a ir a uma unidade hospitalar para verificar o ferimento e foi receitada com antibiótico pelos próximos sete dias.

O coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR), capitão Joseney Freitas, explicou que as guarnições estão atuando, especificamente, aos domingos. Nos demais dias, o trabalho é realizado pela Defesa Civil municipal. No ano passado, com o registro de ataques, ambos os órgãos foram responsáveis pela implementação das placas de alertas nas praias.

Freitas contou que, normalmente, os ataques acontecem em áreas onde as pessoas comem ou jogam comida, o que acaba atraindo o animal. “Uma vez atacando, aparecem outras. O recomendado então é sair da água imediatamente”, destacou. Sobre o local dos ataques, que ocorreram na parte rasa da praia, o capitão comentou ser normal, e acrescentou que a maioria das piranhas que atacam costuma ser filhote.

O capitão reforçou que não há como especificar quem vai ser atacado, adulto ou criança, mas que a maioria das vítimas é jovem. Como as praias começaram a aparecer há pouco tempo e a maior movimentação acontece aos domingos, ele contou que a guarnição está atuando, especificamente neste dia. Contudo, à medida que a demanda do público for aumentando, os dias de atuação da guarnição também vão aumentar.

MUNICÍPIO – A reportagem tentou estabelecer contato com a Defesa Civil municipal para saber se outros casos foram registrados, mas não conseguiu contato. Até o final da matéria, a demanda enviada à Prefeitura também não foi respondida.

Norte tem maior taxa de mortalidade por afogamento

A informação consta no Boletim Brasil 2018, “Afogamento – O que está acontecendo?” da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). Conforme o boletim, por dia, 16 brasileiros morrem afogados, sendo 47% dos óbitos jovens de até 29 anos.

Outro dado apontado é que 52% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em piscinas e residências. Segundo o Datasus 2016, o afogamento é a 2ª causa de óbito de crianças de 1 a 4 anos, e a 4ª causa para o público de 5 a 9 anos. Com a chegada do período seco, as famílias aproveitam os finais de semana e feriados para levar os filhos a clubes, rios e balneários, mas é preciso cuidado.

De acordo com o coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR), capitão Joseney Freitas, as principais recomendações são, antes de tudo, verificar o local para ter conhecimento de profundidade e saber se há pedras, bancos de areias e correnteza. Evitar consumo de bebidas alcóolicas também vai garantir melhor percepção e agilidade, caso necessário.

ATENÇÃO NO VERÃO

Confira dicas para crianças durante exposição ao sol

Crianças precisam de mais hidratação e proteção com filtro solar (Foto: Priscila Torres/Folha BV)

A duração e horário de exposição ao sol é importante, e respeitar o tempo de expor, em especial as crianças é fundamental. Esse tempo pode ser de, no máximo, uma hora por vez. No verão, o horário recomendado é entre 7h e 9h e 16h e 18h.

Sobre a proteção, não esquecer de passar protetor solar com fator de 15 ou mais, além do boné ou chapéu.

Utilizar pulseirinhas de identificação (com nome, telefone e outros dados importantes) nas crianças, tendo em vista locais movimentados e a possibilidade de perder o pequeno de vista.

Evitar alimentos industrializados ou com poucas vitaminas. Além disso, é bom verificar se os “alimentos da praia” estão bem conservados e se são feitos na hora, a fim de evitar possíveis infecções.

E não esquecer da hidratação, de preferência, com água e sucos naturais. (A.G.G)