O mais recente boletim divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), na terça-feira, 26, apontou o crescimento de casos suspeitos de microcefalia em Roraima, que podem ter relação com o zika vírus. O número de casos notificados da doença subiu de 13, em fevereiro, para 21, em abril. Até o momento, seis deles foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
De acordo com a Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde do Estado, a principal hipótese para o surto da doença continua sendo o contágio por zika vírus – identificado no Brasil pela primeira vez em abril do ano passado. A microcefalia faz com que o bebê nasça com o crânio menor do que o normal.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância epidemiológica do Estado, Luciana Grisotto, apesar do aumento no número de casos notificados e confirmados, não há confirmações da relação da doença com o zika vírus. “Nós temos os casos que são notificados de microcefalia, mas não temos ainda nenhuma confirmação. Os casos foram confirmados por critérios clínicos e epidemiológicos. A médica foi, avaliou e viu realmente que tem a microcefalia, mas não tem a confirmação da relação com o vírus zika”, disse.
Após serem enquadrados na definição de suspeitos, os materiais genéticos das mães e dos bebês são colhidos e enviados ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA). “Os casos confirmados foram de bebês que não tiveram desenvolvimento normal e, num segundo momento, vai ser confirmada a relação, por meio de exames laboratoriais”, explicou.
Conforme ela, a Secretaria de Saúde tem investigado a relação da doença com o zika vírus por meio de indícios de sintomas apresentados pelas gestantes. “Nós podemos ter indícios, a paciente falar que teve sintomatologia e podemos relacionar e pensar que esses casos podem ser positivos para zika, mas até o resultado do exame não podemos confirmar”, frisou.
A diretora informou que a Sesau criou um sistema para fazer o acompanhamento das crianças diagnosticadas com microcefalia. “Foi lançado esta semana um sistema específico para fazer o acompanhamento dessas crianças diagnosticadas com microcefalia, mas esse sistema ainda não está disponível”, frisou. (L.G.C)