No ano letivo de 2017, seis escolas da rede estadual vão aderir ao ensino integral, envolvendo 2.724 alunos do ensino médio. O Governo de Roraima conseguiu a adesão das unidades ao método por meio do Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC).
A diretora do Departamento de Educação Básica da Secretaria de Educação (Seed), Lucimar Sales, informou que o Estado indicou cinco escolas da Capital e três do interior. No entanto, o MEC aprovou seis escolas até o momento. As outras duas estão com ressalvas e ainda podem ser adicionadas. O resultado final será divulgado na próxima terça-feira, 20.
“Esta é uma proposta que tentamos implantar desde 2015. Este ano conseguimos aprovar seis escolas e duas foram aprovadas com ressalvas, que já estão sendo atendidas. A nossa expectativa é positiva em relação à inserção destas outras duas unidades, já que é uma medida que vai melhorar a qualidade do ensino aprendizagem dos alunos”, afirmou Sales.
As seis unidades aprovadas para a modalidade são: Escola Estadual Ana Libória, Professor Antônio Carlos Natalino, Jaceguai Reis Cunha, Maria das Dores Brasil, José Vieira Sales Guerra (Caracaraí) e Padre José Monticone (Mucajaí). As matrículas começam em janeiro, conforme o calendário letivo de cada escola.
O ponto negativo é que o ensino fundamental e o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) não serão mais disponibilizados pelas unidades do programa. “Uma das exigências do MEC é que o ensino integrado só pode ser trabalhado com uma modalidade que, neste caso, é o ensino médio. Mas isso não quer dizer que os alunos precisarão sair, no entanto, não haverá a possibilidade de novas matrículas”, explicou a diretora.
Segundo ela, o método foi aplicado há cerca de oito anos em Pernambuco (PE) e o resultado é positivo. “O Estado era o 22º do ranking no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, e hoje estão nas primeiras posições. Este é um indicativo de que estamos no caminho certo”, comentou.
O diretor da Escola Ana Libória, professor Francisco Lima, afirmou que o novo método é positivo para a educação. “Eu vejo com bastante esperança, pois será ampliada a carga horária e isso aumenta a probabilidade de melhorar o conhecimento. É mais do que um reforço escolar para os alunos, principalmente para aqueles que têm mais dificuldade. Além disso, poderemos trabalhar questões técnicas, culturais e de inovação tecnológica, como robótica, que vêm para engrandecer o currículo dos estudantes”, frisou. (B.B)