Depois de fazer silêncio sobre a repercussão causada com a transferência de quatro presos de Manaus (AM) para Boa Vista, o secretário estadual de Justiça e Cidadania da Sejuc, Josué Filho, reuniu ontem a imprensa para confirmar que os detentos foram devolvidos para o sistema prisional do Amazonas, conforme antecipou a Folha.
Segundo ele, a decisão de receber os membros de uma facção criminosa do Amazonas foi tomada diante de uma “situação de emergência” com a intenção de salvar a vida dos servidores penitenciários que estavam como reféns durante rebelião em presídio amazonense, além de cumprir acordo de cooperação entre estados.
Ele informou que os internos foram reconduzidos no domingo passado para Manaus depois de passarem quatro dias isolados em uma cela da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), contestando a informação de que os detidos estiveram presos na Delegacia de Defesa da Mulher, conforme foi divulgado ontem, com base em entrevista gravada com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima (Sindpol), José Nilton Pereira.
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O secretário disse que o processo de transferência para Boa Vista foi realizado depois de exigência feita pelos detentos envolvidos na rebelião e alegou que foi um procedimento realizado de “maneira estudada, com segurança e determinação judicial”. “Foi uma ação totalmente eficaz entre os dois estados, com escolta de agentes penitenciários do Amazonas. Recebemos os presos e oferecemos toda a estrutura. Não houve divulgação antes por se tratar de um fato sigiloso para garantir a segurança”, frisou.
“Eles exigiram vir para Boa Vista e estavam mantendo agentes penitenciários e enfermeiros como reféns. Havia uma situação de emergência e nós não podíamos negar a transferência porque vidas de inocentes estavam ameaçadas. Por isso, temos a convicção de que tomamos a decisão correta. Eles ficaram isolados em cela de contenção da Pamc sem contato com nenhum preso, apenas com os agentes penitenciários, policiais militares e os diretores”, informou.
