Cotidiano

Sejuc vistoria obra de presídio de Rorainópolis abandonada há 10 anos

Departamento Penitenciário Nacional prometeu liberar verbas em caráter de urgência para concluir presídio com 240 vagas

As obras de construção do presídio em Rorainópolis, que estão abandonadas há uma década, passaram por uma vistoria na quarta-feira, 15, a fim de sejam retomadas as ações de término da construção do maior complexo penitenciário do Sul do Estado. Participaram da ação os técnicos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão que é ligado ao Ministério da Justiça (MJ), fiscais da Caixa Econômica Federal, que é responsável pelos recursos destinados à obra, representantes da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), fiscais de obras da prefeitura e o prefeito Adilson Soares de Almeida, o Adilson do Asa.

Segundo o engenheiro Civil do Depen, Marcos Vinícius de Amorim, pelo tempo que está parada, é inaceitável que continue assim. “É inaceitável que uma obra dessa proporção esteja há tanto tempo parada, pois, como pudemos ver aqui, ao chegar ao local, poderemos aproveitar toda a estrutura que já foi construída, como pisos, paredes, colunas e estruturas para receber a cobertura dos pavilhões”, disse.

Segundo ele, ao analisar o processo, ficou constatado que os recursos foram aplicados corretamente e que o Estado apresenta condições de concluir a obra ainda este ano. A verba para a conclusão dos trabalhos, se depender do Depen, será disponibilizada de imediato. “Como a obra já está bem adiantada, com 72% de área construída, entendemos que a entrega se dará em pouco tempo”, complementou o engenheiro.

Para o prefeito de Rorainópolis, Adilson do Asa, o fato de uma obra grande estar abandonada gera grande preocupação, pois se trata de um patrimônio construído com verbas públicas. “Vimos aqui, em outras visitas, a situação em que se encontrava essa construção, com mato por todas as partes e lixo espalhado, em total falta de interesse por conta dos governos anteriores, um descaso total. Porém esperamos que venha a ser concluída, apesar de sabermos que um presídio nem sempre é bem visto pela população onde é instalado. Mas sabemos que nós, como segundo maior município do Estado, não podemos nos ater à situação de superlotação em que nossos presídios se encontram”, afirmou.

O secretário adjunto de Justiça e de Cidadania, coronel Francisco Borges, avaliou como positiva a visita às obras do presídio e afirmou que elas estão em condições de serem concluídas e entregues ainda este ano.

Explicou que, com base no projeto inicial, a Cadeia Pública de Rorainópolis irá disponibilizar 240 novas vagas, destinadas a presos que cumprem pena em regime fechado, principalmente aqueles que apresentam problemas comportamentais, bem como histórico frequente de fugas.

Segundo o coronel, a obra foi iniciada há mais de dez anos. “Essa obra se arrasta há mais de dez anos. Verificamos que a planta original não contempla a construção de muralhas, guaritas e fossas. Dessa maneira, ela perde a funcionalidade. Após a avaliação do Depen, acreditamos que os recursos sejam liberados e possamos enfim dar continuidade”, frisou.

Borges ressaltou que a Sejuc está preparando uma nova licitação para redefinir qual empresa retomará a obra, e assim que for definida a empresa vencedora, a Secretaria de Estadual de Infraestrutura (Seinf) adotará todo o trâmite processual referente à obra em Rorainópolis. (J.R)

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