A falta de água no Município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, ao Norte do Estado, tem prejudicado os moradores todos os dias desde o início de setembro. Por conta disso, poços artesianos foram abertos para suprir a necessidades da população.
Um servidor público disse que o fato perdura desde o dia 02. “Já faz mais de cinco dias que não temos água aqui em Pacaraima. Sofremos todos os dias com essa situação, que acontece pela manhã, tarde e noite. Até agora ninguém tomou providências”, relatou.
Segundo ele, foram abertos quatro poços artesianos para suprir a necessidade dos cidadãos, obrigando as pessoas a mobilizarem-se para pegar água. A situação é ainda mais difícil para aquelas pessoas que residem distantes da sede. “É muito complicado para quem não tem carro ou moto, principalmente para quem mora em uma região mais afastada, pois têm que pagar para transportar a água. Outros moradores, com mais condições financeiras, utilizam pick-ups e caixas d’água para fazer o transporte, mas ainda assim acabam perdendo tempo e dinheiro”, frisou.
O morador cobrou providências do Governo do Estado. “Recebemos a informação de que o problema está acontecendo porque uma bomba da barragem local queimou e que a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) consertaria o quanto antes o dano. No entanto, já faz mais de cinco dias e até o momento nada foi feito. O pior é que não há nenhum prazo concreto”, reclamou.
CAER – Em nota, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) informou que uma equipe de técnicos foi deslocada para Pacaraima e concluiu os trabalhos necessários para o restabelecimento total do abastecimento de água. “Foi necessário executar manutenção nas bombas de captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) para assegurar um serviço de qualidade aos moradores daquela localidade”, informou.
Segundo a Caer, o abastecimento não foi totalmente comprometido, pois a água continuou sendo distribuída por seis poços artesianos localizados em diversos pontos da cidade. “Por conta disso, pedimos compreensão dos consumidores. Além disso, pedimos o uso racional das reservas domiciliares de água tratada, pois, no momento, o fornecimento está sendo feito apenas através dos poços artesianos”. (B.B)