No começo deste mês, a Folha noticiou a reclamação de usuários e servidores da Polícia Civil sobre a falta de água no prédio onde atualmente funcionam as delegacias do 3º e 4º Distritos Policiais, situado no bairro Tancredo Neves, zona oeste da capital. À época, a Delegacia Geral informou que uma equipe faria a substituição do equipamento responsável pelo bombeamento da água até a caixa d’água do prédio, sanando os problemas relacionados à oferta de água potável e limpeza dos banheiros.
Passados 20 dias desde a denúncia, o tormento não foi resolvido como deveria. “No mesmo dia que fizemos a denúncia, eles encaminharam o pessoal de uma empresa para fazer a troca da bomba. Só que instalaram um equipamento que não dá conta de abastecer todo o prédio, e a situação fica bastante complicada”, relatou um funcionário, que pediu para não ser identificado.
Outra funcionária também contou à reportagem que, para terem acesso à água, os servidores estão tendo que recorrer a uma torneira que fica na parte externa do prédio. “Diariamente, mais de 20 pessoas prestam atendimento para a população, o que inclui o pessoal do plantão noturno. A gente fica até com dó das servidoras terceirizadas que ficam responsáveis pela limpeza, pois todo dia é o mesmo ritual, porque infelizmente é a única maneira de ter água no prédio”, frisou.
O prédio onde funcionam ambas as delegacias foi inaugurado no dia 19 de julho deste ano. Indignada, a servidora pública lamentou o pouco empenho da Delegacia Geral em relação ao problema, ressaltando ainda a sensação de constrangimento vivenciada diariamente pelos funcionários que trabalham no prédio.
“Em mais de 20 anos trabalhando para Segurança Pública, eu nunca tinha presenciado uma situação tão absurda como essa. O pior de tudo é que já relatamos o caso à Delegacia Geral sobre isso, mas parece que eles não estão dando a mínima para o que estamos passando”, destacou.
OUTRO LADO – Em resposta a reportagem da Folha, a Delegacia Geral de Polícia Civil informou que, para resolver o problema de água, foram adquiridas e instaladas duas bombas d’água, para atender ambas as delegacias. O órgão disse também que a responsabilidade de monitorar a necessidade de ativar a bomba d’água para encher os reservatórios das delegacias é dos servidores. (M.L)