Cerca de quinze servidores da Companhia Energética de Roraima (Cerr) denunciaram a falta de pagamento
em uma mobilização realizada na manhã dessa segunda-feira (10) em frente à Assembleia Legislativa.
Segundo os funcionários, os atrasos ocorrem desde julho. Os manifestantes relataram receber ameaças caso participem da mobilização. De acordo com Lorena Brasil, servidora da CERR há onze anos, existe uma grande dificuldade em conseguir um retorno do Governo do Estado e também com a diretoria da CERR para falar sobre a situação.
“É irresponsável, é falta de compromisso, é tudo, mas acima de tudo é desumano. Por que a quando nós somos voluntários, sabemos que estamos fazendo por amor. Não é o nosso caso, a gente trabalha pra ter algo em troca, o nosso salário. Como todo ser humano, precisamos pagar as nossas contas, as despesas da casa, o plano de saúde, escola de criança, estamos passando por diversos constrangimentos, colegas tendo o fornecimento de energia cortada. Tem servidor que queria fazer parte da manifestação, mas não tem como pagar a gasolina para vir” disse.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários de Roraima (Stiu)
, Gisselio Cunha, o último salário debitado foi debitado em julho e os atrasos são recorrentes.
“A empresa informou que o pagamento seria feito até o dia 10 de agosto, depois mudou para o dia 14, realização uma manifestação no dia 16 de agosto, onde chegaram a chamar a Polícia. E hoje, dia 10 de setembro, nenhum posicionamento sobre o pagamento, não há nenhuma notícia, nem da empresa e nem do governo. São cerca de 500 funcionários sendo prejudicados” explicou.
Gissélio afirma que a diretoria da Cerr não se manifesta em relação aos atrasos. “Lamentavelmente, é um descaso total, já formalizamos uma greve, são pais e mães de família que não tem nem dinheiro para o combustível” disse.
O OUTRO LADO
A Folhaweb entrou em contato com o Governo do Estado e aguarda retorno.