Um dia após iniciarem uma paralisação, a greve dos servidores da Companhia Energética de Roraima (Cerr) foi suspensa. A decisão foi tomada após o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas do Estado de Roraima (Stiu-RR) se reunir com a governadora Suely Campos, que se comprometeu a estudar a possibilidade de mudança na gestão da Companhia.
Com a suspensão do movimento, os servidores retomaram os postos de trabalho, mas permanecem de braços cruzados por conta do decreto do Ministério de Minas e Energia (MME) que retirou a concessão da empresa para geração e distribuição de energia nos 14 municípios do interior.
Segundo o diretor do Stiu-RR, João do Povo, a troca na diretoria da Cerr só poderia ocorrer com a revogação do decreto. “A greve foi suspensa provisoriamente porque houve pequenos avanços nos nossos objetivos. Não alcançou o que nós queríamos, mas pelo menos houve a proposta de substituição da diretoria. Porém, se esse fato não for concretizado, nós a retomaremos com muito mais veemência, vigor e arrojo”, afirmou.
Conforme ele, o Governo pediu ao sindicato a indicação de nomes para gerir a Companhia. “A governadora, por meio da Casa Civil, chamou o sindicato e pediu que nós indicássemos nomes, que estão sendo estudados, e pediu para que nós suspendêssemos a greve como uma espécie de colher de chá, já que há a possibilidade de colocar nomes que indicarmos”, disse.
Um dos nomes indicados pelo sindicato é o do engenheiro Augusto Iglesias, que substituiria o atual presidente da Cerr, Antônio Carramilo Neto. “O prazo para essa mudança ocorrer seria até a revogação do decreto. Na hora que for revogado, pode haver a posse dos novos diretores, porque, como estamos impedidos de trabalhar, não há razão para a mudança. A governadora viajou para a Brasília juntamente com um procurador do Estado e alguns membros do sindicato com o propósito de buscar mecanismos políticos e jurídicos para derrubar a proposta”, informou o diretor.
Ele ressaltou que enquanto a decisão sobre a revogação do decreto não sair, os servidores estão impedidos de trabalhar. “É importante ressaltar que ainda estamos impedidos de exercer a atividade laboral porque ainda há a portaria que impede que nós exerçamos a atividade de geração e distribuição de energia, então nós retomamos nossos postos de trabalho, mas ainda estamos parados”, frisou.