Cotidiano

Servidores da Suframa retornam ao trabalho nesta sexta-feira

Atendendo um pedido da bancada nortista no Congresso, os servidores suspenderam a greve até o retorno do recesso parlamentar no início de agosto

Após 55 dias de greve, os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) decidiram hoje (16) à tarde suspender o movimento até o retorno dos parlamentares federais do recesso, no início de agosto.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, a medida visa evitar maiores prejuízos para a população dos estados que são atendidos pela Suframa, uma vez que receberam a promessa dos parlamentares dos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Amapá em intervir na luta dos grevistas.

Ele informou ainda que a partir de amanhã (17) algumas atividades da Suframa já voltam à normalidade. “Outras vão retornar aos poucos porque durante a greve a Sefaz no Amazonas, por exemplo, passou a realizar parte das nossas atividades. Então teremos que informar ao juízo sobre o fim da greve para retornar essas ações para a Suframa”, explicou o presidente.

Na opinião do sindicalista, o fim da greve sem uma definição concreta da reivindicação dos servidores não tem um sentimento de derrota. “Pelo contrário, estamos suspendendo a greve com um sentimento de vitória, pois agora além do apoio da sociedade, teremos os parlamentares do nosso lado com o compromisso de pressionar o Governo Federal”, afirmou.

A greve dos servidores da Suframa se deu em razão do veto da presidente Dilma Rousseff (PT) a um artigo da Medida Provisória (MP) 660, que é a mesma que tratou do enquadramento dos servidores dos ex-territórios de Roraima e Amapá nos quadros da União.

O objetivo dos grevistas era no sentido de que os parlamentares derrubassem o veto presidencial. A última data prevista para essa votação foi essa semana, mas não aconteceu. Por conta disso, os parlamentares da região Norte solicitaram aos servidores que retornassem ao trabalho para evitar maiores prejuízo ao comércio, que já apresenta desabastecimento.

“Depositamos um voto de confiança neles e como foram eles que deram a solução, que aprovaram a legislação que foi vetada, decidimos suspender a greve até o retorno dos parlamentares do recesso”, explicou Belchior.