Cotidiano

Servidores de terceirizadas denunciam atraso salarial

À FolhaWeb, eles relataram que não recebem há quatro meses e que passam por constante assédio moral

Servidores da empresa terceirizada UCS (União Comércio e Serviço), que presta serviços gerais para o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) realizaram agora há pouco uma manifestação em frente a unidade, localizada no bairro São Francisco, zona Norte da capital.

À FolhaWeb, os servidores informaram que estão há quatro meses com salários atrasados e que até o momento não houve um posicionamento por parte da direção da empresa, nem da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

“Essa situação vem prejudicando aos mais de 50 servidores da empresa, que estão tendo que trabalhar forçado na maternidade, porque é ameaçado de ter desconto no salário. Agora como pode uma situação dessas acontecer? Além de não receber nada, ainda tem que lidar com essa pressão por parte da UCS”, disse o agente de limpeza Elson Medeiros.

Questionado se os funcionários já buscaram um entendimento direto com a Sesau, Medeiros disse que a secretaria teria garantido que o repasse do dinheiro seria feito a UCS no dia 16, mas a mesma não especificou de qual mês seria.

“A UCS alega que o Governo do Estado não repassou o pagamento, alegando dificuldade, e por isso, fomos até a Sesau. O secretario disse que o pagamento seria feito no dia 16, só que não determinaram de qual mês seria. O fato é que hoje estamos praticamente pagando para vir trabalhar e isso é um absurdo”, destacou.

 

O OUTRO LADO

À FolhaWeb entrou em contato com um dos encarregados da empresa UCS (União Comércio e Serviço), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria, às 17h50.

A reportagem também acionou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), que esclareceu que não está em débito com a empresa UCS (União Comércio e Serviços) ​há​ quatro meses.​ “A empresa tem repasses para receber, os quais não foram concretizados por pendências documentais por parte da firma​. Assim que a empresa providenciar os documentos em falta, as notas serão encaminhadas para pagamento”, disse em nota.

A Sesau ressaltou ainda que, diante deste momento de forte crise financeira, vem trabalhando para contemplar o pagamento de todas as firmas terceirizadas com o menor atraso possível, garantindo a continuidade dos serviços.