Cotidiano

Servidores do grupo de risco denunciam que decreto não é cumprido

Segundo relatos, os gestores estariam exigindo a presença dos servidores nas escolas, mas alguns do grupo de risco se negam a atender a exigência, porque estão cumprindo o decreto estadual nº 29.853-e, que permite teletrabalho (home office)

Escolas estaduais estariam exigindo que servidores da educação que estão no grupo de risco da pandemia de coronavírus cumpram o expediente de forma presencial.

Segundo relatos, quem tem acima de 60 anos e tendo ou não comorbidades estariam sendo transferidos da unidade de ensino onde estão lotados, para outras escolas, como forma de retaliação.

Um desses casos foi relatado pelo supervisor escolar José Augusto Souza Magalhães, de 64 anos. Ele contou que já foi transferido de duas escolas estaduais localizadas em Boa Vista, por não obedecer a exigência da gestora.

“Há um decreto do governo, o de nº 29.853-e, de 1º de fevereiro de 2021, que estabelece que devemos, por conta da idade e comorbidades, diante da pandemia presente, trabalhar em home office. Mas acontece que muitos gestores de escolas estão exigindo nossa presença”, contou Magalhães.

“Na última escola, a gestora, depois que eu postei no grupo da escola uma orientação para os professores, ela me ligou e avisou que meu memorando já estava na Secretaria de Educação e que eu deveria ir ao RH [Recursos Humanos] para saber aonde iriam me mandar agora”, completou o relato.

Ele afirmou que outros servidores também estariam passando pela mesma situação. “Não estamos mais aguentando essa situação”, ressaltou o supervisor escolar.

OUTRO LADO – A FolhaBV entrou em contato com o Governo do Estado e aguarda retorno.