Servidores do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti) informaram que irão aderir à greve estadual e suspender as atividades a partir desta segunda-feira, 25. De acordo com eles, não houve o pagamento de progressões desde 2017 nem efetividade da Lei nº 1.255/18, que garante atualização dos vencimentos adicionais de qualificação e gratificação de produtividade científica e tecnológica.
Em nota formulada pelos servidores da instituição e encaminhada à Folha, é relatado que os direitos não foram atendidos e que a referida lei está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI 6080). Os servidores preferiram não se identificar, mas garantiram que uma paralisação parcial já estava sendo feita na instituição.
“Reivindicamos um aumento que nos foi dado no ano passado. Algumas secretarias já recebem e não estamos recebendo. O que houve foi abertura dos nossos processos, mas isso não significa que minha reivindicação foi atendida”, disse uma servidora. Segundo ela, os 16 concursados atuantes no Iacti não irão deixar de comparecer ao posto de trabalho, mas não vão realizar as atividades por tempo indeterminado.
Entre as reclamações, está a de que os vencimentos atualizados deveriam ser pagos em janeiro de 2019 e seguiriam de forma progressiva até 2020, mas até o momento isso não foi feito.
“Era para estarmos recebendo o adicional de qualificação e a gratificação de produtividade para estarmos recebendo desde março do ano passado. Não estamos recebendo nada do que foi aprovado na lei”, completou a servidora.
Outro servidor justificou que as progressões dos concursados foram apenas publicadas no ano passado, mas não teve efetivação.
Mutirão de serviços será realizado no bairro Silvio Leite
A iniciativa acontece neste sábado (23) no Centro de Referência de Assistência Social, das 8h às 15h
Caer diz que blecaute prejudicou a produção de 20 milhões de litros de água potável
A empresa informou que a produção diária para abastecer Boa Vista é de 146.880.000 de litros, por meio dos sistema de captação superficial das águas do Rio Branco, no bairro São Pedro, e a captação subterrânea realizada nos 96 poços tubulares
“Vamos aderir à greve. Tentamos todos os meios para fazer esse contato e não houve uma resposta coletiva sobre nosso pleito porque desde 2017 essa situação vem se arrastando”, frisou.
Uma servidora assegurou que quando outros órgãos estaduais deflagraram greve, os efetivos do Iacti apoiaram as pautas e decidiram pela paralisação parcial enquanto tentavam um novo contato com a gestão para resolução dos problemas, porém a decisão final foi tomada após não terem as determinadas respostas.
Direção declara compreensão aos servidores
Por meio de nota, a direção do Iacti manifestou compreensão às reivindicações dos servidores da instituição e coloca-se à disposição para estabelecer diálogo voltado à busca de soluções.
“Em consonância com as diretrizes estratégicas do governo do Estado, a atual gestão do Iacti está empenhada em otimizar projeções e ações, promover a recuperação financeira e valorizar os funcionários que representam a essência do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima”, destaca trecho da declaração.
Com esse espírito de entendimento à resolução de problemas enfrentados pelas diversas categorias funcionais, a direção do Iacti reitera sua confiança nos servidores, na certeza da contribuição de todos para o desenvolvimento de Roraima com base na tecnologia e inovação. (A.P.L)
