Atualizado às 14h22
Os funcionários públicos que atuam no Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima) paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira, 25, desde às 7h. Em frente a sede Instituto, aproximadamente 40 servidores cobram o repasse do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que não foi realizado pelo atual governo.
De acordo com os servidores, a atualização das tabelas de repasse do PCCR não foi realizada. Os manifestantes afirmam ainda que a paralisação deve continuar sem previsão para retorno das atividades.
Um dos funcionários que não quis se identificar afirma, que os salários recebidos em janeiro deste ano ocorreram através da revogação de uma lei em 2018. “Isso é um ato de improbidade! Todo servidor tem direito a um salário de acordo com o plano de carreira e o governo está pagando o que não existe. A defasagem, no meu caso por exemplo, é 200%. Eu estudei, e quero meus direitos garantidos”, afirma.
Conforme outro servidor da Instituição, desde 2015 a classe cobra melhorias. “Nós lutamos pelos nossos direitos.Há uma desigualdade muito grande, pois existem servidores do mesmo cargo que o meu que recebem duas vezes mais. Esperamos que a lei 1257 de 2018, seja cumprida ”, disse.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, medidas judiciais serão tomadas em relação ao assunto. Mas, ele acrescenta que as negociações não serão descartadas.
“Nós já tivemos reuniões com o Governador e com o presidente do Iteraima e até o momento não chegamos a um denominador comum. E essa efetivação dos planos não ocorreu. O Governo justifica a falta de repasse com a crise financeira, mas o que nós vemos são nomeações de cargos comissionados e numa proporção absurda, são aproximadamente dois mil cargos, e esse quantitativo poderia ser dado aos servidores estaduais”, finaliza.
Iteraima – Em nota, o Instituto de Terras e Colonização do Estado de Roraima (Iteraima), informou que o Governo do Estado buscou todas as formas para o cumprimento das tabelas salariais previstas na Lei n° 1257/18, mas não foi possível no momento devido a grave crise financeira que o Estado enfrenta, inclusive com o decreto de calamidade pública financeira.
Afirmou ainda que diante à crise financeira, não há previsão orçamentária para nenhum órgão do Governo do Estado, da administração direta ou indireta, aumentar despesas com folha de pagamento.Acrescentou que tão logo o Estado apresente equilíbrio nas contas públicas e recupere a arrecadação, os benefícios para os servidores serão revistos e garantidos.
Em relação aos repasses irregulares e nomeações de cargos comissionados, o Governo do Estado não se pronunciou.