O governador Antonio Denarium (Progressistas) anunciou nesta quarta-feira (2), em coletiva de imprensa, reposição salarial de 11% para os 25.800 servidores estaduais de Roraima.
A medida também inclui pensionistas e aposentados, mas ainda depende de aprovação da Assembleia Legislativa de Roraima, que só volta com as sessões no dia 15 de fevereiro. O impacto no orçamento estadual de 2022 será de R$ 210 milhões.
Denarium afirmou que a medida foi possível após o Governo conseguir equilíbrar as contas públicas do Estado e que a reposição está dentro da lei. Segundo ele, o percentual é o mesmo do reajuste do duodécimo repassado a outros Poderes, como os Tribunais de Justiça e de Contas do Estado.
“Solicitei da Assembleia Legislativa que vote em regime de urgência que, a partir do dia 1º de março de 2022, já esteja valendo a reposição salarial de todos os servidores do Estado, excluindo o salário do governador, dos secretários, dos adjuntos, dos presidentes da indiretas e dos diretores”, explicou Denarium.
O presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (PCdoB), prometeu prioridade na análise do Projeto de Lei. Se aprovado, os servidores vão receber o acréscimo no vencimento já a partir do mês que vem.
Percentual diverge opiniões de classes
O percentual da reposição, no entanto, divergiu a opinião de sindicatos locais, que calcularam perda salarial de até 36% desde 2015, quando houve o último reajuste, em 2015. Após o anúncio, a FolhaBV flagrou, inclusive, membros do sindicato cobrando o chefe da Casa Civil, Flamarion Portela, sobre a reposição esperada.
A presidente do Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima), Josefa Matos, disse que esperava pelo menos uma reposição de 18%. “A gente esperava, no mínimo, 18% pra amenizar as perdas salariais que a nossa categoria teve em sete anos. O sindicato vai continuar lutando e brigando por nós, principalmente da Educação, pois todos sabem que a Educação tem uma verba diferenciada. Então, vamos continuar com a nossa luta pra que seja um reajuste justo”, declarou.
Por outro lado, o presidente do Sintraima (Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Estado de Roraima), Francisco Filgueira, elogiou o esforço da equipe econômica do Governo e que a medida vem em boa hora, apesar de reconhecer que a reposição deveria ser de 36%. “Em 2008, por exemplo, tivemos reajuste, mas foi diferenciado. Algumas categorias receberam 35%, isso não é justo. Mas vindo linear, respeitando todos os servidores do estado de Roraima, isso que é importante”, avaliou.
*Atualizado às 10h48