Cotidiano

Servidores reclamam de aplicativo para registrar ponto

Secretário adjunto afirma que mudança será feita de forma democrática e busca dar mais comodidade aos servidores

Mesmo ainda em fase de testes, a implantação de um sistema para o controle de ponto por meio de aplicativo no celular está gerando polêmica entre servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). 

Um servidor, que pediu para não ter o nome revelado, afirmou não ter interesse no aplicativo de celular para bater o ponto. “Ué! Agora não temos direito ao nosso celular. Será que a Sefaz vai pagar pelo serviço de internet que pagamos para ter no aparelho de uso particular? Não me nego a assinar o ponto, mas aplicativo no celular para mim é um absurdo”, ressaltou.

A reclamação foi levada para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Filgueira, que também é servidor da Sefaz. Ele disse que não concorda com a ideia de instalar um aplicativo no celular, para o servidor ‘bater’ o ponto. “Querem se utilizar de um bem particular do servidor”, ressaltou.

O secretário-adjunto da Fazenda, Laércio Gentil, esclareceu que a ideia de implantar o sistema para o controle de ponto por meio de aplicativo no celular é em razão da Sefaz ter em seu quadro de pessoal algo em torno de 350 servidores.

“São muitas pessoas para ‘bater’ o ponto no relógio de ponto, aquele fixado na parede, em um mesmo horário. Então buscamos uma alternativa para o registro de ponto, que não vai gerar fila e muito menos demora”, comentou. 

Ele afirmou que o sistema foi solicitado de uma empresa da Bahia, está em teste desde o dia nove deste mês e vai até 9 de junho. “Não há processo de aquisição, não pagamos por nada”, garantiu Gentil, comentando que alguns servidores estão com o aplicativo instalado no celular para verificar a questão da comodidade, da praticidade. “Temos tido um feedbak positivo, porque já nos disseram que evita a demora no registro de ponto”.

Gentil esclareceu que para utilizar o aplicativo não precisa necessariamente de um celular moderno. “Pode ser IPhone, Android, qualquer plataforma, até pelos modelos mais simples que seja, se consegue instalar o aplicativo e registrar o ponto. E se, por exemplo, dos quase 350 servidores, três ou quatro não possuírem um aparelho, a Sefaz pode adquirir um celular de preço acessível e disponibilizar para o servidor registrar o ponto no próprio setor que ele trabalha”, comentou.

O secretário-adjunto Laercio Gentil esclareceu que a medida será efetivada de forma democrática, o que dependerá da aceitação da maioria dos servidores.

Se for aceito, ao final dos testes, vai acionar os responsáveis pela secretaria para avaliar a possibilidade de implementar o sistema alternativo. “Eu acredito que será um modelo para os órgãos públicos de Roraima, que enfrentam a dificuldade de ter uma quantidade limitada de relógios e um grande número de servidores”, ressaltou.

CUSTO – Gentil informou que o valor de tabela cobrado, que está no site da empresa, é de um pouco mais de R$ 4 reais. “Em conversa com eles, caso a gente vá contratar o sistema, o que dependerá da aprovação dos servidores, o valor ficaria bem mais em conta. Ainda não podemos dizer quanto pagaríamos, até porque não está nada formalizado. Mas, digamos que se fizermos o contrato, será paga uma mensalidade que terá o valor da quantidade de servidor que vai usar o sistema. Se, por exemplo, for R$ 2 o preço do sistema por servidor e R$ 300 forem instalar, dará R$ 600 por mês”, disse o secretário-adjunto. (E.R)