Uma servidora do Hospital Francisco Ricardo de Macedo, do Município de São Luiz, no Sul de Roraima, denunciou à Folhaweb que a unidade está deixando de fornecer alimentação aos pacientes internados e aos plantonistas, além de não oferecer água para o consumo diário.
Sem se identificar, a servidora contou que “cada paciente internado e acompanhante tem que trazer café, almoço e janta de casa, além dos plantonistas. A situação ainda pior é que não podemos contar com a água daqui, que é contaminada pela fossa”.
Conforme a imagem do local enviada pela denunciante, o reservatório de água fica ao lado de uma fossa, no quintal do hospital. Nesse caso as fezes humanas contaminam o lençol freático que abastece a cisterna. Segundo a Fundação Nacional de Saúde, deve ser respeitada, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre a cisterna e a fossa.
“Trazemos tudo de casa, alimentação e água, e pedimos para os pacientes trazerem também. É um serviço básico que o governo devia fornecer”, protestou a colaboradora da unidade.
OUTRO LADO
Em resposta à Folhaweb, o Governo do Estado respondeu em nota que a alimentação é fornecida mensalmente para as unidades conforme a demanda de pacientes atendidos e “caso haja solicitação da unidade, o que não foi o caso Hospital Francisco Ricardo de Macedo, em São Luiz, as quantidades podem ser aumentadas”.
Além disso, a nota disse que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) irá apurar o motivo do racionamento e nesta quinta-feira, dia 10, será enviada nova remessa de alimentação para a unidade, suficiente para o consumo mensal. Quanto à salubridade da água, a nota afirmou que Sesau solicitou, no início deste ano, uma análise físico-química, bacteriológica e hidrobiológica da água coletada na cisterna da unidade.
“A análise, feita pelo Núcleo de Controle de Qualidade da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), concluiu que a água está própria para o consumo humano, em conformidade com a portaria do Ministério da Saúde que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade”, concluiu o Governo.