Sesau promete atender demanda de cirurgias buco-maxilo-faciais

De acordo com informações prestadas pelo secretário estadual de Saúde, César Penna, em entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020 AM, no domingo, 14, já foram atendidos cerca de 25% pacientes desde a retomada das cirurgias buco-maxilo-faciais, voltadas para as pessoas que sofreram lesão no rosto.

Segundo o secretário, a cirurgia é muito frequente em Roraima por conta dos altos índices de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, que representam a maior parte do volume de trauma recebido no sistema público de saúde, sendo a maioria por fratura de mandíbula, com lesão no queixo e afundamento da face.

De acordo com Penna, a demanda reprimida era de quase 200 pacientes aguardando na fila de espera, que começaram a ser operados no mês passado, resultando em quase 40 cirurgias atualmente. “Algumas não foram realizadas por falta de vaga, porque o paciente é eletivo, precisa internar e às vezes o Hospital Geral de Roraima (HGR), como tem 20 anos sem expansão, não tem vaga para internar”, revelou.

Conforme o secretário, a previsão é que em até seis meses, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) consiga atender toda a demanda e extinguir a fila de espera de pacientes. “A gente quer que o paciente chegue ao trauma e já seja logo operado. E se tiver alguma [cirurgia] eletiva, que já seja marcada para que imediatamente possamos operar”, disse Penna.

O secretário disse ainda que a lista de espera está disponível na Sesau e no HGR, mas que já se estuda a possibilidade de publicação da lista de cirurgias no Portal do Governo. “Na gestão da Sesau hoje, algo em que não se interfere é nas decisões das unidades em termos de filas de cirurgias. A fila é conforme a gravidade do paciente e o início da espera. Se o paciente está esperando há dois anos, não posso pegar um paciente que se fraturou na semana passada e colocar ele na frente. A gente não interfere, mas fiscaliza por meio da Coordenação de Urgência e Emergência, onde tem um fiscal do contrato do sistema de órteses e próteses, que é responsável pela verificação da data da solicitação da cirurgia, onde foi agendado e outros detalhes”, informou.

População demorará a perceber melhorias, diz secretário

O secretário estadual de Saúde, César Penna, disse ainda, em entrevista ao programa Agenda da Semana, que muitas das medidas de aperfeiçoamento na saúde pública estadual ainda vão demorar a serem sentidas pela população, pois é necessário executar um planejamento feito em médio e longo prazo.

“Nós estamos desempenhando esse planejamento. No ano passado, nós vimos que o Hospital Coronel Mota precisava de uma melhoria na estrutura física. Em setembro, agora, nós vamos terminar essa melhoria, ou seja, nós estamos há um ano e seis meses nesta ação. Nós vamos construir um bloco atrás do Coronel Mota, voltado para vítimas de acidentes de trânsito. Vamos assinar a ordem de serviço provavelmente em dezembro deste ano, ou seja, é um planejamento que leva tempo para mostrar”, afirmou.

Com base nesses efeitos, o secretário aproveitou para informar que as obras do Hospital das Clínicas, no bairro Pintolândia, já estão praticamente prontas, faltando apenas o projeto de estacionamento e arruamento.

“Essa obra foi, por muitos anos, negligenciada, e no projeto original não constava o estacionamento nem o arruamento. Na sexta-feira (12), nós tivemos uma reunião com o secretário de infraestrutura, Flamarion Portela, onde ele prometeu que até o final de agosto ele licitaria o arruamento, ou seja, o calçamento, as guaritas e o muro. O planejamento é que em dois meses essa obra esteja pronta”, anunciou o secretário.

César Penna também acrescentou que a entrega da obra de expansão do Hospital Geral de Roraima também está prevista para ser feita em março de 2017 e que, quando isso ocorrer, será o momento de remanejar os pacientes do HGR para a reforma geral na unidade de saúde por meio de emenda de deputados federais e de senadores.

Por fim, o secretário ressaltou que a população pode observar que alguns pontos já foram melhorados, mas que a maioria das ações precisam de tempo para que as ações comecem a aparecer. “Hoje a saúde não está do jeito que a gente quer, nós temos melhorado alguns pontos, só que ela precisa de um tempo. É uma área que precisa realmente de se planejar, executar e não mudar o planejamento. Talvez nem sejamos nós que vamos colher, mas é importante, a gente precisa ter essa visão”, reforçou. (P.C)