Cotidiano

Sesau recebe R$ 725 mil para realização de cirurgias eletivas 

Os R$ 725 mil prometidos pelo Ministério da Saúde, para a realização de cirurgias eletivas em Roraima, já foram transferidos para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), conforme Allan Garcês, titular da pasta. Apesar disso, ainda não foi feito planejamento quanto à utilização deste recurso.

Garcês afirmou que ainda está conhecendo quais são os gastos da secretaria e realizando o ajuste administrativo na pasta, mas assegurou que a realização das cirurgias eletivas é extremamente importante. “Não vamos deixar de tratar, porque são cirurgias eletivas que estão aguardando há muito tempo e estamos sensíveis quanto a isso. Chegará o momento que vamos iniciar o mutirão para zerar essa fila, mas temos que planejar como vamos fazer, onde vamos fazer e as prioridades de atendimentos. Enquanto eu não tenho esse planejamento, enquanto não fazemos essas eletivas, a fila vai andar normalmente como está andando”, disse.

Com o fim da greve dos profissionais da enfermagem, a rotina do centro cirúrgico do Hospital Geral de Roraima (HGR) voltou à normalidade, segundo Garcês. 

“Na ortopedia não podemos esperar muito, porque já estão com fraturas em fase de consolidação final. Então, teremos que dar uma resposta em 10 ou 15 dias, no máximo. Por eu ser ortopedista, sei a gravidade de uma fratura ficar muito tempo aguardando a cirurgia. A gente não pode deixar que o HGR se torne uma fábrica de aleijados, de pessoas sequeladas”, afirmou o secretário.

Atualmente, o número de pacientes que aguardam em casa pela cirurgia ortopédica é de 450 pessoas, informou a direção técnica do HGR para a Folha. Já o número dos que permanecem internados na unidade de saúde é de 20 pacientes. Com a chegada dos materiais para as cirurgias ortopédicas, o mapa de atendimento atenderá prioritariamente os idosos e pacientes com maior tempo de internação no HGR. Somente após a finalização dessa etapa é que os demais pacientes serão convocados.

Garcês considera a baixa quantidade de salas no centro cirúrgico do HGR um dos principais obstáculos para a realização do mutirão, mas afirmou que conversará com a equipe da especialidade e planejar para que os procedimentos aconteçam durante os finais de semana.

“Não podemos esquecer que essas salas não são exclusividade da ortopedia e que, além disso, existem as urgências que chegam de acidentados. Então, não temos um centro cirúrgico específico. Precisamos pensar como vamos otimizar essas cirurgias do mutirão. Talvez em um hospital privado que a gente alugue o centro cirúrgico, mas a gente vai dar conta dessa fila, porque para nós não é importante em quanto tempo vai zerar, pra gente é importante evitar produzir aleijados e sequelados, e pra isso, o mínimo de tempo possível é importante”, finalizou.