Cotidiano

Setor de transporte escolar volta a protestar no Centro

Donos de empresas de transporte escolar que prestam serviço ao governo do Estado voltaram a protestar por melhores condições de trabalho e pagamento de débitos atrasados. Os empresários afirmam que dialogaram com a nova gestão sobre melhorias para a categoria, mas, até o momento não receberam benefícios como prometido.

O protesto ocorreu novamente na Praça do Centro Cívico, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, no fim da tarde de sexta-feira, 8. Os empresários estacionaram no local os veículos de transporte escolar para a rede estadual de ensino.

De acordo com um dos manifestantes, o empresário e motorista Valdecir Oliveira Sena, atualmente são cerca de 20 empresas que realizam serviços de transporte para todos os municípios do Estado. Entre elas, há as que estão seis meses sem repasses e outras que receberam apenas dois meses dos serviços prestados no ano passado.

O empresário explicou ainda que o problema é que desde que a nova gestão assumiu não houve repasse, muito menos a previsão para quando isso pode acontecer.

Segundo outro manifestante, que preferiu não se identificar, a situação está difícil com a falta de pagamento.

“Eu estou numa situação que, se não for resolvida, corro o risco de perder um ônibus por causa de dívidas no banco. E não há nem como negociar a dívida”, afirmou.

DIÁLOGO – Valdecir Sena acrescentou que a categoria não dispensa um diálogo com o governo do Estado. O motorista disse que a previsão é que a categoria forme uma comissão para pleitear uma reunião com o governador Antonio Denarium (PSL), a fim de tratar do assunto e chegar a um consenso.

Ele afirma ainda que Denarium dialogou com a categoria no passado e abraçou a causa na época da eleição, motivo pelo qual os protestos que ocorreram foram encerrados.

“O governador disse que se a gente o acompanhasse e desse apoio, assumiria a responsabilidade quando se elegesse. Por isso que retiramos os veículos da frente do Palácio”, afirmou Sena.

OUTRO LADO – Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Desportos (Seed) informou que o transporte escolar e a merenda foram alvos de operação da Polícia Federal (PF-RR) no fim do ano passado e que isso inviabilizou a regularização dos serviços.

“Nesse sentido, a Seed está buscando soluções para regularizar os serviços necessários para o início das aulas na rede estadual de ensino, que será no dia 7 de março”, justificou a pasta.

A Seed acrescentou ainda que o processo é demorado em razão da realização de uma nova licitação para contratação de transporte escolar. Afirma que no momento as rotas estão sendo certificadas por equipes da Secretaria de Educação, a fim de evitar duplicidade na prestação do serviço por empresas terceirizadas.

“O pagamento das empresas que prestam esse serviço será viabilizado, após todas as notas auditadas e de acordo com a disponibilidade orçamentária”, finalizou. (P.C.)