Roraima apresentou um crescimento de 5,3% no número de empresas criadas no setor de serviços nos últimos anos, aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (Pas), eram 1.266 estabelecimentos em 2016 e 1.202 em 2015.
Das 1.266 empresas no Estado, a maioria pertence ao ramo de serviços prestados às famílias, como as atividades de alojamento e alimentação. Embora seja a atividade mais recorrente, o setor apresentou uma queda de -2,4% de 2015 para 2016, passando de um total de 465 empresas para 454.
O setor que mais cresceu foi o de atividades mobiliárias, que inclui o serviço de aluguel de bens móveis e imóveis. O total de empresas passou de 28 para 38 em 2016, representando um aumento de 35,7%.
As demais áreas, que também subiram nesse período, foram as de atividade de ensino continuado (25,6%) com mais 10 empresas; serviços de manutenção e reparação (14,2%) com mais 18 unidades; serviços prestados para empresas (12,3%) com 45 novas empresas e atividades culturais, recreativas e esportivas (10,8%), com quatro novos estabelecimentos.
Os setores que mostraram a maior queda foram da área de correio e outras atividades de entrega (-33,3%) com o fechamento de uma empresa; serviços pessoais (-20%) com a diminuição de 13 estabelecimentos; e de armazenamento e serviços auxiliares aos transportes (-14,3%) com menos duas empresas no ramo.
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“Estas empresas geraram R$ 1,36 bilhão de receita bruta de prestação de serviços, crescimento de 15,2%. O setor empregava 13.748 pessoas, que receberam R$ 244.462 milhões de salários, retiradas e outras remunerações”, completou a pesquisa do IBGE.
Criação de um empreendimento imobiliário motivou aumento
De acordo com o economista da Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento (Seplan-RR), Fábio Martinez, o motivo para o crescimento no setor de atividades imobiliárias se dá por conta da criação de um empreendimento no ramo no Estado. “Na época, com a criação deste empreendimento imobiliário, houve aumento na receita, de pessoal e de número de empresas deste segmento. Isso foi representado no relatório do IBGE”, explica.
O economista explicou ainda o motivo pelo qual os dados são referentes ao ano de 2016 e não mais atualizados. Segundo Martinez, as pesquisas conjunturais do IBGE, como a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), a Pesquisa Industrial Anual (PIA) e a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) são sempre divulgadas no ano seguinte da coleta de dados. “Como as informações são referentes ao fechamento do ano de 2016, elas começam a serem elaboradas em 2017. Portanto, a sua divulgação se dá em 2018”, informou. (P.C.)
