Cotidiano

SFA explica que pesca e venda de surubim estão liberadas no Estado

O período de defeso dos peixes caparari e surubim, que está valendo desde o dia 15 de novembro, atinge apenas as bacias hidrográficas dos estados do Amazonas e Acre, segundo informou a Superintendência Federal de Agricultura em Roraima (SFA).

Na semana passada, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) havia informado que o período de defeso das espécies valeria para todos os rios da Amazônia, o que impediria a comercialização e transporte dos peixes até 15 de março de 2017.

“Não está proibida a comercialização de surubim em Roraima. Existe uma portaria nossa que trata sobre o período de comercialização entre Amazonas e aqui, que são diferentes”, disse o superintendente federal de agricultura, Plácido Alves.

Ele afirmou que os pescadores e comerciantes locais podem ficar despreocupados, pois o período de defeso no Estado só inicia em março. “Em Roraima, o período de defeso começa a partir de 1º de março até 30 de junho. Queremos tranquilizar o produtor, que pode continuar a comercializar o surubim, pois ainda estamos no período de comercialização”, frisou.

De acordo com o chefe da divisão de pesca do SFA, Esdras Leite, o período de defeso nos estados da região é instituído pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). “Os outros órgãos definem o período de defeso de acordo com o estudo. São períodos diferentes entre os estados porque a época de chuva aqui é uma e a do Amazonas, por exemplo, é outra. Com isso, o tempo de procriação do peixe é diferente”, explicou.

A única espécie de peixe com período de defeso maior que as outras, conforme Leite, é o pirarucu. “Todas as espécies têm esse período para reprodução, com diferencial para o pirarucu, que tem período de defeso de seis meses”, disse.

Em Roraima, o mercado de peixe é abastecido em grande parte pelo Amazonas, mas o surubim também é pescado nos rios daqui. Até março, comerciante local não precisa ter a declaração do produto e está liberado para vender a espécie, seja nas feiras-livres, mercados e supermercados da cidade. (L.G.C)