Servidoras municipais filiadas ao Sitram (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista) denunciaram nesta sexta-feira, 11, manobra da atual gestão para impedir o ingresso de chapa na eleição que ocorre no próximo sábado, 19.
Conforme Cirdenis Santana, a comissão eleitoral do sindicato alegou que os membros da chapa não possuem 70% de participação nas assembléias, um requisito considerado obrigatório para validar a candidatura.
“Após sermos informadas disso, corremos atrás de nossas frequencias e documentações, e solicitamos isso do Sitram, que não responde. Temos uma participação ativa no sindicato e isso demonstra uma manobra para impedir que a nossa chapa concorra nas eleições”, relatou.
A servidora pública questionou ainda a idoneidade do processo, levando em consideração que a presidente da comissão eleitoral, Marlúcia Figueira Paixão, trabalha para o gabinete da atual presidente do sindicato, Suely Cardoso, que é vereadora pela capital.
“É um caso de perseguição, já que queremos nossa frequencia, justamente para provar que a chapa está apta para concorrer. Realizamos uma denúncia no Ministério Público (MP) e ela [presidente da comissão] será notificada”, pontuou.
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O OUTRO LADO
Por telefone, a presidente do Sitram, Suely Cardozo, explicou que, para concorrer a presidência do sindicato, os membros de chapas precisam seguir alguns atributos do Estatuto Sindical, como estar associado há doze meses e estar em dias com as contribuições sindicais.
“É preciso participar de pelo menos 70% das reuniões no último ano, e eu não tenho competência a dizer quem serão os candidatos. Quem tem essa competência é comissão eleitoral que foi aprovada em Assembleia Geral”, destacou.
Ainda segundo ela, a dirigente Marlúcia Figueira já trabalhou em seu gabinete, mas não exerce mais o cargo. “Eu inscrevi a minha chapa, porém ainda não foi divulgado pela comissão quem irão concorrer. Acho precipitado dizer que houve algum impedimento. O que posso afirmar que os documentos em relação às frequencias são fidedignos”, relatou.
