A valorização do profissional de enfermagem e melhorias nas condições de trabalho foram os focos principais da mobilização pública promovida pelo Sindicato dos Profissionais em Enfermagem de Roraima (Sindprer) na manhã desta sexta-feira, 29, em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR).
Iniciada às 07 horas, a ação teve como objetivo chamar a atenção da população e do poder público sobre a situação enfrentada pela categoria. Atualmente, segundo o presidente do Sindprer, Melquizedek Menezes, Roraima possui mais de 1.700 profissionais de enfermagem que prestam serviços diuturnamente as unidades de saúde do Estado.
“Nós trabalhamos 24 horas ao lado do paciente, mas infelizmente toda a categoria se sente desvalorizada. A base salarial do profissional de enfermagem ainda é de 2004, ou seja, totalmente defasada. Além disso, muitos estão sem auxilio alimentação e sem condições de trabalho dentro das unidades de saúde e isso é muito prejudicial, pois impede desse servidor prestar um trabalho digno para a população”, relatou.
Além da falta de investimentos por parte do Governo, principalmente no que tange a questão de medicamentos e materiais básicos, Melquizedek Menezes denunciou também a existência de perseguição aos servidores que atuam nas unidades de saúde.
“Infelizmente há muito assédio moral nas unidades de saúde, justamente porque não há condições dignas para que os profissionais possam fazer o seu trabalho. Quem decide reivindicar por melhorias, acaba sendo muitas vezes perseguido, transferidos para outro setor. Por esse motivo é que a categoria decidiu fazer este ato”, ressaltou.
SESAU – Questionado sobre a manifestação, o secretário Estadual de Saúde (Sesau), Paulo Linhares, ressaltou que a pasta tem tomado todas as providências necessárias para atender as demandas dos profissionais de enfermagem do Estado.
“Na verdade, há um investimento muito grande no servidor. A estrutura de pessoal, que era uma reivindicação antiga da enfermagem, a secretaria está resolvendo, tanto que somente de técnicos de enfermagem, a gente está convocando 175 pessoas, e temos ainda aqueles processos de compra de material e de medicamentos, que nós esperamos solucionar, no menor tempo, alguns itens de desabastecimento”, disse.