Sindicato diz que trabalhador corre risco

O cumprimento das normas de segurança no trabalho ainda é um ponto a ser reforçado em Roraima. Na data em que se comemora o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, hoje, a questão é amplamente discutida. Segundo a Organização Mundial do Trabalho (OMT), dois milhões de pessoas no mundo morrem por ano devido a enfermidades relacionadas ao trabalho, enquanto cerca de 320 mil morrem por causa de acidentes.
A realidade preocupa o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil em Roraima (Sintracomo), que faz fiscalização intensiva quanto à segurança nos canteiros de obras do Estado. “Há anos alertamos os órgãos de fiscalização e denunciamos as empresas, mas pouca coisa mudou com referência à segurança do trabalho em Roraima”, disse o presidente Dionísio Alves.
Para ele, a falta de itens fundamentais de segurança é o maior problema das empresas de construção civil. “Não há conscientização para o uso do equipamento no trabalho. Fazendo um levantamento, nada foi melhorado. Cerca de 80% das empresas não dão segurança aos trabalhadores aqui”, alertou.
Ele apontou ainda, a dificuldade dos trabalhadores acidentados em conseguir, junto às empresas, os documentos necessários para o auxílio. “Entendemos que os acidentados têm uma grande dificuldade na retirada do CAT [Comunicação de Acidente de Trabalho] para que possam retirar a licença médica. Isso é outro ponto a ser trabalhado e discutido”, destacou.
Atualmente, a entidade possui pouco mais de seis mil trabalhadores formais sindicalizados. 
Conforme o presidente, a questão acerca da segurança no trabalho deve ser amplamente discutida e reforçada no intuito de inibir os acidentes. “Toda esposa e todo filho esperam que o marido ou o pai saiam de casa para trabalhar, e voltem com segurança. Isso tem que existir em todos os lugares, e deve ser tratado com mais importância”, pontuou. (L.G.C)