O Sindicato das indústrias de Desdobramento e Beneficiamento de Madeiras, Laminados e Compensados de Roraima (Sindimadeiras) procurou a FolhaBV para questionar os dados de pesquisa realizada pela Rede Simex, integrada por quatro organizações de pesquisa ambiental: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV. Os dados foram divulgados no dia 29 de outubro.
Conforme nota enviada pelo Sindicato, os dados vão na contramão dos anseios da entidade, causando desconforto para o segmento. O texto ressalta, que as informações tencionam crise, pois, seriam resultado de uma pesquisa realizada por alguns Institutos a partir de estudos incompletos disponibilizados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), concluindo pela exploração ilegal de madeira em diversos municípios do Estado.
“O sistema operacional do Ministério do Meio Ambiente, que faz o controle do desmatamento, denominado sistema Sinaflor, gerenciado pela Femarh, não contém informações atualizadas, inclusive as informações constantes no Certificado Roraimense de Regularidade Ambiental; da Declaração de Regularidade Ambiental e da Licença Ambiental Simplificada – o que pode ter levado os Institutos de Pesquisa a uma ideia distorcida, inclusive, quanto a possíveis supressões vegetais sendo feitas por outros segmentos. Não que estejam exercendo atividades ilegais, mas que a ausência da alimentação dos dados em sistema próprio induz ao erro quanto à análise e manuseio das informações”, diz trecho da nota.
O texto destaca ainda que “causa estranheza que a Femarh não os tenha alertado quanto a desatualização, incumbindo a este Sindicato, na defesa dos interesses dos seus associados, repudiar o uso incompleto e, por conseguinte, indevido, dos dados, para subsidiar pesquisas que acabam apresentando resultado nocivo para o setor de base florestal do Estado de Roraima”, disse.
O Sindicato reforça ainda que, com a implantação do sistema Madeira Legal, criado para aperfeiçoar os controles existentes, as cargas de madeiras exportadas do Estado têm sido vistoriadas e liberadas normalmente, evidenciando legalidade da extração.
“Consideramos importantes as atividades de pesquisa. Neste momento, porém, em que o setor madeireiro, combalido pela pandemia, busca retomar crescimento, é preciso cautela na prestação e manuseio das informações que subsidiam pesquisas para não prejudicar o trabalho sério e comprovadamente sustentável de inúmeras empresas filiadas a este Sindicato, as quais compromissadas em gerar riqueza e renda em Roraima”, finaliza o texto.