Sindicatos anunciam greve geral na Saúde

Após a realização de assembleia geral na segunda-feira da semana passada, 17, os sindicatos dos profissionais de enfermagem e dos técnicos em radiologia de Roraima anunciaram, ontem, que irão paralisar as atividades na próxima semana. Conforme Roberto Morais, presidente do sindicato dos profissionais de enfermagem, a decisão foi tomada mediante o não cumprimento de reivindicações feitas pelas categorias ao Governo do Estado.
“Atualmente, nós não temos condições de prestar um bom atendimento à população por falta de estrutura funcional, ou seja, por falta funcionários. Existem ainda outras reivindicações a serem acatadas, como a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores da Saúde, o enquadramento e pagamento das progressões funcionais dos trabalhadores dos últimos anos de concurso, pagamento de auxílio alimentação e a chamada imediata dos concursados para suprir as deficiências que existem na área da saúde”, disse.
Atualmente, o sindicato dispõe de um 2.500 servidores, sendo 1.500 trabalhadores filiados. Segundo Roberto Morais, apenas os atendimentos emergenciais serão mantidos quando a greve for declarada. Com isso, cirurgias eletivas e atendimentos no Hospital Coronel Mota deverão sofrer impacto de 70% de mão de obra paralisada. 
“O passo seguinte foi oficializar a decisão de greve à Casa Civil do Estado, à Secretária Estadual de Saúde [Sesau], ao Ministério Público do Estado e à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Em resposta, a Casa Civil solicitou uma reunião com a representação do sindicato de enfermagem e de radiologia, que também sinalizou que vai entrar em greve para tentar um acordo ou uma pactuação que possa atender as reivindicações das categorias”, frisou.
GOVERNO – Em nota, o Governo do Estado informou que uma circular do sindicato dos profissionais de enfermagem foi encaminhada à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para avaliação jurídica sobre a legalidade da greve. Em relação à paralisação pelos profissionais de radiologia, a Secretaria Estadual de Saúde frisou que não recebeu nenhuma notificação até o momento.
O governo ressaltou ainda, que qualquer forma de revisão do PCCR dos servidores da área de Saúde precisa passar por análise da Comissão Orçamentária Financeira para avaliação do impacto financeiro ao Estado. (M.L)