Cotidiano

Sindicatos voltam a se mobilizar contra as reformas da previdência e trabalhista

Movimentos sindicais, que também pedem a saída do presidente Michel Temer, esperam reunir cerca de 10 mil pessoas em novo ato contra medidas

Sindicatos de diversas categorias de Roraima voltarão a realizar uma mobilização em protesto aos projetos de lei das reformas da Previdência e trabalhista, que atualmente estão em tramitação no Congresso Nacional. A expectativa dos sindicatos é que todos os trabalhadores participem do movimento, que acontece na manhã de hoje, 30, a partir das 6h.

Integrantes de 40 sindicatos do Estado vão se reunir no cruzamento das avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, no bairro Aeroporto, nas proximidades do Ibama, de onde seguirão em carreata até a Praça do Centro Cívico, o que deve ocorrer às 11h.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder do Executivo do Estado (Sintraima), Francisco Figueira, disse que a expectativa é reunir ao menos 10 mil pessoas no ato. “Na última manifestação foram mais de cinco mil participantes. Estamos convocando toda a nossa categoria, porque estamos vendo que a situação está se tornando um grande gargalo em relação aos direitos do trabalhador”, disse.

Figueira classificou as reformas como “tentativa de extermínio do direito dos trabalhadores”. “Nós temos direitos que foram conquistados há mais de 100 anos e que serão aniquilados com essas reformas. Isso vai nos tirar, por exemplo, a possibilidade de aposentadoria, porque vamos ter que trabalhar 50 anos e não vamos poder usufruir daquilo que contribuímos. “Fora os direitos das mulheres e dos trabalhadores do campo, que também serão retirados”, afirmou.

Questionado sobre o interesse dos movimentos sindicais em relação a não aprovação da reforma trabalhista, que entre outros itens facultaria o pagamento da contribuição sindical às entidades que representam o trabalhador, o sindicalista destacou que a maioria dos sindicatos em Roraima não recebe o benefício. “O Sintraima nunca recebeu contribuição sindical, se mantém apenas com o dinheiro mensal dos cinco mil associados.

Eu aconselho aos servidores dos sindicatos que recebem a estarem próximos e cobrando, mas acho que isso é um ponto irrelevante, porque muitos se mantêm apenas com os associados”, frisou.

GOVERNO – Em nota, o Governo do Estado esclareceu que a paralisação desta sexta-feira, 30, não interfere nos serviços públicos, porque é ponto facultativo para os servidores estaduais. “A Polícia Militar acompanhará o deslocamento dos manifestantes e fará segurança também no ponto de concentração da manifestação”, informou.

PREFEITURA – Segunda a Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoas, não houve nenhuma informação por parte dos sindicatos em relação à paralisação. Porém, o Executivo municipal decretou ponto facultativo nesta sexta-feira, 30.

PRF – Para a manifestação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que irá reforçar o policiamento próximo ao Ibama, ponto de partida dos manifestantes, para fazer o balizamento do trânsito e a segurança do perímetro, que é considerado como área urbana da BR-174 e, portanto, de responsabilidade da PRF. (L.G.C)