O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter-RR) anunciou uma paralisação de advertência para a próxima segunda-feira, 14, como forma de repúdio ao calendário escolar apresentado pela Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed) na semana passada, dia 02 de dezembro.
Segundo o presidente do Sinter-RR, Ornildo Roberto, o acordo firmado com a categoria e os representantes com o governo para a finalização da greve era que as férias escolares aconteceriam no dia 23 de dezembro até o dia 23 de janeiro.
“Nós assinamos o termo aonde mais uma vez foi colocado que as férias seriam nessa data, só que, colocou-se a palavra ‘preferencialmente’ e assim, o Governo do Estado, apegado a palavra ‘preferencialmente’, disse que a data não era definitiva”.
Além disso, a categoria também alega que foi definido que as escolas teriam autoridade para definir os seus próprios calendários escolares, em conjunto com os pais, alunos, professores e trabalhadores em educação.
“Entendemos que isso é uma falta de respeito e de compromisso com os trabalhadores da educação, com os pais e alunos, enfim, com toda a sociedade e também demonstra uma má vontade do governo para que possa cumprir o acordo que fez conosco na mesa de negociação”, relatou Ornildo. Conforme o presidente, a categoria agora está apreensiva se o Governo cumprirá os demais pontos acordados com o fim da greve.
“Mediante esta situação vamos ter uma paralisação de advertência na segunda-feira, dia 14, estamos convocando todos os pais, todos os alunos, para irmos até a Praça do Centro Cívico, e realmente manifestar o nosso repúdio contra essa atitude do Governo”, concluiu Ornildo.
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OUTRO LADO
Procurado pela Folha, o secretário Estadual de Educação e Desportos, Marcelo Campbell se disse surpreso com a notícia da paralisação de advertência do Sinter. Ele informou que se reunirá com o sindicato para tratar da questão do calendário escolar proposto pelo Governo do Estado. Segundo ele, a palavra de prioridade será o diálogo, para não prejudicar ainda mais a situação dos os alunos.
“Eu sei que todo mundo está pensando em suas férias, mas nós temos que analisar e pensar no futuro desses alunos. Eles nessa situação são os mais importante nessa questão. Cada caso será analisado, mas preferencialmente, os estudantes de nono ano do fundamental e do terceiro ano do ensino médio não podem ser prejudicados mais do que ja foram nesse período”, afirmou.
Com informações de Minervaldo Lopes
Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 09.
