Cotidiano

Sinter contesta recomposição salarial e diz que perdas ultrapassam 38%

A diretoria do Sindicato convocou reunião com o Governo de Roraima e Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (14), para tratar sobre os 11% de reposição salarial para os servidores estaduais anunciado pelo governador

Por meio da Comissão de Lutas, o Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima) solicitou na manhã desta segunda-feira (14), reunião com o governador do Estado, Antonio Denarium, além dos presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio, e da Comissão de Educação, deputado Evangelista Siqueira.

O pedido foi feito por meio de ofício entregue nos dois poderes nesta segunda. O assunto da pauta é a recomposição salarial para os servidores.

“As perdas salariais ultrapassam mais de 38% nos últimos sete anos. Os 11% não cobrem o que perdemos devido a inflação”, ressaltou Josefa Matos, diretora-geral do Sinter.

A categoria cobra uma recomposição diferenciada para os trabalhadores em Educação devido ao aumento do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O Novo Fundeb deve alcançar 23% até 2026.

“O governo precisa entender que, mesmo no período crítico da pandemia, não deixamos de cumprir com as nossas obrigações”, destacou Josefa.

A diretoria do Sinter tem visitado as escolas para mobilizar os educadores para a paralisação nacional marcada para o dia 9 de março. Em Boa Vista o ato deve ocorrer na Praça do Centro Cívico.

“Será uma paralisação de advertência. Não está descartado fazermos uma greve em defesa de uma recomposição justa para os trabalhadores”, concluiu Josefa.

A reportagem procurou o Governo de Roraima e a Assembleia Legislativa e aguarda retorno.

Recomposição salarial

O governador Antonio Denarium (Progressistas) anunciou no dia 2 de fevereiro, em coletiva de imprensa, reposição salarial de 11% para os 25.800 servidores estaduais de Roraima.

A medida também inclui pensionistas e aposentados, mas ainda depende de aprovação da Assembleia Legislativa de Roraima, que só volta com as sessões no dia 15 de fevereiro. O impacto no orçamento estadual de 2022 será de R$ 210 milhões.

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