Cotidiano

Sintraima diz que servidores não podem ser obrigados a se vacinar

Representante da instituição afirmou que o decreto governamental sobre o tema foi muito radical e que parte dos servidores temem sequelas da vacina

O documento que determina que servidores estaduais devem se vacinar contra a covid-19 tem causado divergências. Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, o decreto 30.866-E é radical e vai contra a constituição e o princípio da dignidade da pessoa humana.

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha 100.3 FM, que neste domingo foi apresentado pela comunicadora Cida Lacerda, ele afirmou que conforme o artigo quinto da Constituição Federal, os cidadãos têm direito de recusar um determinado tratamento médico, e que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, salvo em virtude de lei.  

“Pedimos do governo uma compreensão, que não se coloque essa imposição da forma como foi colocada, e como alguns gestores estão colocando aos servidores. Estão fazendo de forma truculenta, com ameaça”, criticou. 

O sindicalista afirmou que muitos servidores não querem se vacinar porque, na avaliação deles, não há estudos suficientes sobre os efeitos adversos da vacina. Segundo ele, servidores procuraram o sindicato afirmando que temem tomar a vacina por medo de complicações de saúde, citando, como exemplo, pessoas que fazem hemodiálise.

Ele mencionou que outros não querem receber o imunizante por questões religiosas, e segundo o presidente do sindicato, estas situações devem ser levadas em consideração no decreto. “Qualquer servidor que seja constrangido, orientamos que preste a informação sobre seu registro de vacina, mas apresente uma justificativa. Agora, o servidor não pode ser constrangido por não ter tomado vacina”, pontuou. 

Francisco Figueira pontuou que o Governo do Estado deveria regulamentar o teletrabalho e realizar a sanitização dos prédios públicos.