ANA GABRIELA GOMES
Editoria de Cidade
Paralisação de 72 horas, greve geral e a não resposta sobre a nova escala de plantão dos servidores das Unidades Descentralizadas da Secretaria de Trabalho e Bem-Estar (Setrabes). Estes são os principais temas da Assembleia Geral Extraordinária que o Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima) realiza nesta quinta-feira, 21, às 17h30.
Entre os assuntos, o presidente do Sintraima, Francisco Figueira, destacou a questão da nova escala de plantão. “A escala atual praticada é de 12×36. Houve redução de descanso. Os servidores estão gastando mais energia, se estressando mais e descansando pouco. O pior é que as condições de trabalho nessas unidades podem desencadear inúmeros problemas de saúde”, frisou.
Para resolver a situação, o Sintraima enviou à Setrabes o Ofício 200/2019. O documento, segundo Figueira, foi elaborado com diversas possibilidades de uma nova escala que viesse a ser condizente com o trabalho executado nas Unidades Descentralizadas, como a Casa do Vovô, Abrigo de Maria, Abrigo Infantil e outros.
Um mês depois do envio, o sindicato foi informado pela Setrabes que o ofício estaria sendo encaminhado à Procuradoria-Geral do Estado (Proge) para que então houvesse um pronunciamento do caso. “Enquanto isso os servidores são prejudicados. É difícil lidar com os públicos envolvidos, inclusive já tivemos problema de escala com o Centro Socioeducativo (CSE)”, disse.
No ofício enviado, uma das possibilidades de escala levantadas pelos servidores é a mesma utilizada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesau): seis equipes que se revezam em diversos horários. Na avaliação de Figueira, a Setrabes só precisaria realizar a efetivação das escalas por ser mais eficiente e com menos desgaste dos servidores.
“A Setrabes precisa se adequar à gestão pública. Queremos que seja feito um trabalho que não venha a prejudicar os servidores com relação ao psicológico e físico”, concluiu o presidente, ressaltando que, no caso de não haver uma solução para o caso, também serão debatidas a paralisação de 72 horas da categoria e uma possível greve geral.
ESCALA DA SAÚDE – Atualmente, seis equipes se revezam em diversos horários. A primeira atua das 7h às 13h e outra das 13h às 19h, de segunda-feira, e nos pontos facultativos. À noite, as equipes de plantão cumprem serviço das 19h às 9h e durante final de semana e feriado.
OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a Setrabes para ter informações do ofício, mas até o fechamento desta matéria, às 18h33, não obteve resposta.