Cotidiano

Situação da estrutura do Mafir é precária

Secretaria Federal da Agricultura vai apertar fiscalização e impor mais rigor na liberação do Selo de Inspeção Federal (SIF)

O superintendente da Secretaria Federal da Agricultura em Roraima (SFA/RR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Plácido Alves, disse que o órgão vai fazer um levantamento para elaborar um novo plano de ação de inspeção de trabalho no Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir).

“Vamos iniciar esse novo plano a partir deste mês e seremos mais criteriosos para emitir o Selo de Inspeção Federal, o SIF, já que as condições do Mafir são precárias. Estamos, de certa forma, comprometendo nosso serviço de inspeção no local e, para que não chegue a comprometer a saúde pública, vamos ter que ser mais exigentes”, frisou.

O novo plano será elaborado por uma comissão de técnicos do Mapa em Roraima. “Justamente para não acharem que terá apenas a opinião pessoal, vamos levar uma comissão para analisar as condições de trabalho e elaborar esse novo plano de inspeção”, afirmou ao ressaltar que, depois de pronto esse plano, o matadouro público só irá funcionar quando estiver de acordo com as normas estabelecidas. “O plano deve estar pronto até o final de fevereiro, e se o Mafir não estiver adequado, não haverá selo de inspeção”, afirmou.

Ele informou que o abate de mais de 170 animais deixou de ser realizado na sexta-feira, dia 29 de janeiro, devido à quebra de uma peça do maquinário do local. Embora a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), até a manhã de ontem, não ter comunicado o fato à Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Plácido Alves disse que tem conhecimento do problema e aguarda ser oficializado do fato.

“Esse problema aconteceu na sexta-feira e foi causado por uma máquina quebrada que resultou no abate de apenas 36 animais, dos mais de 200 que são abatidos diariamente. Mas, até agora, a Codesaima não se manifestou sobre o problema. Ficamos sabendo do problema através dos fiscais”, frisou.

Segundo Plácido, o problema maior está na condição em que fica o animal que estava aguardando para ser abatido. “Tem prejuízo o produtor, que terá que tirar seu animal de volta, já que se os animais que ficarem aguardando para serem abatidos ficam debaixo de sol, sem água e alimento, e isso prejudica o bem-estar do animal. O Mafir já chegou a abater 500 animais diariamente. Mas hoje, por problemas operacionais, não consegue abater nem a metade disso. Por isso temos que fazer um novo plano de ação de trabalho e inspeção”, frisou.

PROBLEMA – Segundo o diretor operacional do Mafir, Rosivaldo de Oliveira, o “Jajá”, a quebra de um rolamento na máquina principal impediu a continuidade do serviço e apenas 60 bois foram abatidos na sexta-feira, deixando de abater mais de 110 animais para suprir o comércio local. “O problema só foi resolvido no domingo devido à peça vir de ônibus de Manaus, mas já voltamos a abater os animais na segunda e nesta terça-feira normalmente, com aproximadamente 280 bois por dia”, disse.

Ele afirmou que os animais que ficaram em confinamento à espera do abate tiveram o tratamento adequado e que os próprios marchantes serviram água e alimentação. Ao ser questionado se a quebra de peças no matadouro é recorrente, ele citou que o Mafir foi construído em 1984 e que nunca passou por uma reforma de maquinário.

“Só agora estamos recuperando o matadouro. Quebra uma peça, a gente conserta. Agora conseguimos adquirir peças de reposição que ficarão à nossa disposição para trocar assim que uma quebrar e não vai parar mais o abate”, disse, referindo-se a uma compra de peças feita pela Codesaima. “Estas peças novas devem chegar em, no máximo, dez dias”, disse.

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