Cotidiano

Situação de imigrantes nos abrigos será analisada em visita do MPF

As visitas serão feitas a ocupações espontâneas e abrigos para imigrantes não indígenas e indígenas, como os Warao, Kariña e E’ñepá, segundo o órgão

Um grupo de representantes do Ministério Público Federal (MPF) fará uma análise da situação dos abrigos da Operação Acolhida, para compreender como será o plano de realocação de imigrantes. A visita ocorre entre os dias 13 e 15 de outubro, em Boa Vista.

A missão é liderada pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão do órgão, Carlos Alberto Vilhena, e pelo procurador da República Alisson Marugal, lotado na capital roraimense.

As visitas serão feitas a ocupações espontâneas e abrigos para imigrantes não indígenas e indígenas, como os Warao, Kariña e E’ñepá. De acordo com o MPF, a intenção é garantir que a atuação coordenada entre os órgãos respeite os direitos de todos os migrantes, em especial a consulta prévia e a participação deles na construção de propostas alternativas ao atual modelo de abrigamento.

Em setembro, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão solicitou informações à coordenação da Operação Acolhida sobre a redução do orçamento destinado às ações da força-tarefa, bem como o possível encerramento de suas atividades.

Sete dias depois, o general de divisão Antonio Barros informou que, embora exista a previsão de redução orçamentária para 25% da atual em 2021, a Operação não será encerrada. Segundo a resposta, a transição da coordenação das atividades está em estudo, com o propósito de garantir sua continuidade.

Em 1º de outubro, o procurador Alisson Marugal visitou a ocupação espontânea de Ka’Ubanoko, onde vivem cerca de 850 migrantes, para coletar informações que possam contribuir para o diálogo com a Operação e o Governo Estadual para atender as demandas da comunidade.

Agenda – Na manhã da terça-feira (13), acontecem reuniões na sede do MPF em Roraima, com integrantes da própria instituição que têm atuado na questão e representantes da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

A partir das 13h30, iniciam as visitas locais com a presença de etnias indígenas. A primeira será à ocupação espontânea de Ka’Ubanoko. Em seguida, o abrigo Pintolândia. O dia termina com uma reunião na sede da Operação Acolhida.

Na quarta-feira (14), as visitas serão a abrigos para imigrantes não indígenas em Boa Vista. A agenda da missão termina na quinta-feira (15), com uma visita ao abrigo Janokoida, em Pacaraíma – cidade localizada a 214 quilômetros da capital Boa Vista.

*Com informações da assessoria